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 "O jornalista não é um megafone nem pé de microfone".

Retivemos da paisagem o intenso mistério da luz por entre as casas, como se em cada casa batesse um coração a par de outros corações, ansiosos de caminhos livres. Agora pertencem ao silêncio mais nítido as canções, os gritos, as lágrimas, os detalhes de uma festa acontecida num dia com tantos dias dentro, numa cidade habitada pelo país inteiro.

  Não perder a linha do horizonte. Prender as nuvens na corda de estender as lembranças ao Sol e aceitar a chuva que vier. Não enlouquecer. Segurar os olhos pelo coração. Ingerir regularmente montanhas e um pouco de mar. Crescer sem pressa.                          Perdoar.

 Pouco a pouco fomos descobrindo como se põe sal por cima do silêncio e água por trás das palavras. E preferimos calar para dizer ausência. E preferimos dizer para temperar a calma. E já não sabemos que fazer com o deserto, com os sinais, com a sede.

"  Primeira mulher a licenciar-se em Direito em Portugal. O Conselho Universitário da Universidade de Coimbra reuniu-se propositadamente para deliberar sobre o ingresso de alguém do sexo feminino. Começou a exercer advocacia com autorização especial do Supremo Tribunal de Justiça, antes do decreto que, em 1918, consagrou o exercício desta profissão também às mulheres." VISÃO ( 9/5/2024)