Porque é domingo, permitam-me que traga aqui esta foto que tirei no Tivoli, em Lisboa, há oito dias.
Esta menina traz a prender-lhe os cabelos um laço de seda branca exactamente igual ao que eu usei quando era uma criança como ela é.
Há muitos e muitos anos que não via laços assim : descobrir este provocou-me uma suave nostalgia da minha infância, do tempo em que acreditava que as pessoas eram boas, do futuro sem sombras à minha frente.
Além disso, numa época em que as etapas de desenvolvimento são ultrapassadas à pressa e em que as garotas aos onze anos se maquilham e preocupam com assuntos estranhos à sua idade, foi refrescante poder deliciar-me com uma menina vivendo plenamente a sua infância, precioso e único momento da sua vida.
Para mais , outro tipo de laços estavam presentes : os da ternura e da cumplicidade , os da partilha por terem ido ela e mãe apreciar os Ballets TrocKadero.
Por me ter tocado o coração, quis partilhar convosco este documento de simplicidade e afecto.
Que a vossa semana seja muito feliz!!
Lisboa...como me gustaria ir a Lisboa... Un abrazo grande...
ResponderEliminarBem vindo!
ResponderEliminarE porque não poderá vir a Lisboa?...
Eu já fui ao Brasil e a tantos outros países que nunca pensei visitar!
E se voltar aqui ao meu espaço, estará em Lisboa quase.
Un Abrazo para si, Ricardo.
Eu usei três laços destes ou idênticos, no ano em que ardeu o Chiado.
ResponderEliminarCom um amigo, primo direito do Garcia Pereira, o próprio Garcia Pereira e eu, como protesto ... colocámos dois laços, um de cada lado da cabeça e outro na parte de trás.
Os três e as mulheres, (o Garcia Pereira não estava com a mulher), fomos jantar à Baiana, em Vila Baleira, no Porto Santo.
Ainda hoje há quem se recorde do nosso protesto ... contra o preço, quer do cafém que não prestava para nada, como dum prego em prato, que aqui, no Continente, custaria 200 a 250$00, lá eram 650$00 e mal servido, carne de cozer ou ainda pior.
Bons tempos dos laços ... mas para as "catraias", que os outros só os usariam muitos anos depois ...
São, também eu usei laços brancos a prender o cabelo com canudos que a minha mãe me fazia. O teu texto fez-me regressar à minha infância, tão longe que dói pensar. É um texto muito bonito, este, a revelar toda a tua sensibilidade. Uma semana feliz para ti.
ResponderEliminarXISTOSA
ResponderEliminarEu estive na Madeira em 1975 e fui tão mal recebida que continuo tencionando não voltar lá.
Essa de protestarem com laços, revela criatividade!!
Já agora, se não se importa, transmita a Garcia Pereira os meus cumprimentos.
Para si, desejo de feliz semana.,,sem laços.
GRAÇA PIRES
ResponderEliminarObrigada.
Compreendo a tua dor: é igual à minha!!
Feliz semana, querida.
São
ResponderEliminarTambém sou desse tempo dos laços de fita mas os meus não me trazem assim tão boas recordações.
No entanto apreciei essa capacidade de reviveres esse símbolo dum tempo em que ser criança tinha toda uma magia que se perdeu no mundo da velocidade e da indiferença.
Beijinhos
Doce Amiga:
ResponderEliminarUma descoberta de uma sensacional afectividade e ternura.
Como fica bem? Que menina linda.
Abraço de sempre
Adorei!
Bj amigos
pena
Saludos y buena semana, querida amiga.
ResponderEliminarUm beijo querida. Estou feliz!
ResponderEliminarÀs vezes são as pequenas coisas de vida que nos dão mais prazer.
ResponderEliminarUm "simples" laço, faz reviver recordações e emoções de infância.
Não apenas o laço fisico, sobretudo os laços da cumplicidade e da partilha.
Obrigado também por esta partilha.
SILÊNCIO CULPADO
ResponderEliminarOlá, linda.
Não tive uma infância de mimos, porque minha mãe era , além de mão muito lesta, muito seca e complicada.
Mas este período dos laços vivi-o em Ponte de Sor e foi, talvez, o menos penoso.
Que a tua semana seja serena.
PENA
ResponderEliminarCom carinho lhe agradeço a vinda.
Feliz semana, amigo meu.
PEDRO OJEDA ESCUDERO
ResponderEliminarMuchas gracias. Para ti, que a semana te seja bem grata, amigo.
Abrazos.
AMIGONA
ResponderEliminarMereces, linda, mereces!
E eu acompanho-te nessa alegria!!
Bem hajas, querida!
FRANCIS
ResponderEliminarSempre achei muito grande a importância dos pormenores...
Que a sua semana tenha amor .
O Garcia Pereira subiu na vida, (advocacia) ... as pessoas importantes sobem ...
ResponderEliminarAgora, como têm inumeros terrenos no Porto Santo, o dinheiro torna as pessoas mais gananciosas.
Está bem na vida e há cerca de 4 meses telefonei-lhe e até hoje não se dignou responder-me.
à prima, levou-lhe 200 contos, "para se esquecer de entregar uns documentos" e foi tudo por água abaixo.
Era para me tratar duns assuntos, mas como ando cá há 61 anos, fui a tempo de me tratar melhor.
Suponho que tão cedo não apareça, pois sabe que o que tenho para dizer, sai de enfiada e na cara do bicho.
Como é que um anti-fascista de 4 costados, vai dar apoio jurídico ao Alberto J.Jardim e ao Governo regional ???
Porque nos terrenos vão ser semeados euros e a colheita vai ser proveitosa ...
Não vendo a alma por dez reis de mel coado ...
Boa semana para si também, São.
ResponderEliminarNão esqueça o lacinho branco.
Abraço
É nas coisas simples que revemos sentimentos de meninice...Também me fez recordar o "meu" velho Tivoli. Beijito.
ResponderEliminarOlá São, lindo texto... Eu sou do tempo... em que tinha os cabelos grandes e apanhados com os lindos laços de seda... Tens razão mudaram-se os hábitos, mas não para melhor...
ResponderEliminarBoa semana querida amiga,
Beijinhos de enorme carinho,
Fernandinha
*
ResponderEliminar*
sensibilidades,
humanisticas, são . . .estas,
,
conchinhas
,
*
Disseste bem, meninas de laço são raras de se ver hoje em dia.
ResponderEliminarCurioso como um detalhe insignificante para alguns, representa tanto para outros.
Um beijo!
-Muitas vezes as coisas simples são as mais belas. É bom relembrar a nossa infância. Bjs.
ResponderEliminarXISTOSA
ResponderEliminarCaríssimo, eu evitei falar nesse absurdo de ele defender o Governo Regional da Madeira e Paulo Portas, porque pensei que para as pessoas mais próximas não se tivesse transformado tanto assim , afinal enganei-me!!
Folgo em saber que a sua dignidade não está à venda, porque a minha também não. E esta verticalidade custa bem caro.
Bem haja, amigo.
OBSERVADOR
ResponderEliminarFicaria de espanto eu, de lacinho
AH!AH!AH!
Tudo de bom, amigo.
EFENETO
ResponderEliminarO Tivoli continua bem: de vez em quando vou lá assistir a espectáculos...
Boa semana, amigo.
FERNANDA E POEMAS
ResponderEliminarA nossa geração usou muito estes lacinhos, não foi?
Querida, muito obrigada!
Bem hajas!
POETA EU SOU
ResponderEliminarEstas ...e as tuas, Nazareno.
A minha estima, embora internética.
Meu querido Oliver P tudo na vida tem uma grande dose de subjectividade, não é?
ResponderEliminarUm abraço por sobre o oceano.
Meu caro ANTÓNIO ALMEIDA estamos de acordo nessa sua análise.
ResponderEliminarBem haja.
SÃO
ResponderEliminar"Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor de lume."
Eugénio de Andrade
Beijinhos
Gostei dos laços do cabelo e dos laços da alma...lindo!
ResponderEliminarNo meu último post conto-to resumidamente a história da Capelinha junto ao mar que tu há algum tempo me perguntaste se era no Norte e em que sítio.
Se quiseres podes agora visitá-la melhor. A fotografia que inicialmente queria para o meu sítio era do mar,na altura o autor da que está lá ofereceu-me aquela,que é muito linda, ficou pelo afecto que me liga a ele, um ex-professor meu, daqueles exigentes mas que nos deixam marcas pela vida fora.Se um dia mudar o rosto do blog, aquela ficará sempre num cantinho de destaque.
Beijinhos para ti.
SILÊNCIO CULPADO
ResponderEliminarMinha querida amiga, o meu espaço ficou mais iluminado com a tua presença: obrigada!
Abraço muito grande.
Olá São!
ResponderEliminarObrigada pelas duas visitas que me fez. Lamento só agora lhe dar um feedback e em boa altura o fiz!
Eu convivo com laços no cabelo de meninas muito arranjadinhas. Laços de seda, de cetim... No tom das suas golinhas de renda.
Sou uma privilegiada com a turma de alunas que tenho. CRescem ao seu ritmo. são puras. bonitas. Bem penteadas. Mimosas. Em cada dia que chego perto delas, admiro os seus lacinhos que lhes prendem ora a franjinha ora lhes ornamentam o rebo de cavalo, feito na perfeição em casa.
Graças a Deus que estas meninas são minhas alunas... Graças a elas acredito na pureza e ainda na possibilidade da simplicidade, do glamour, da pureza na forma de estar e de vestir.
Também eu usei laços no cabelo. De todas as cores...
Saudades de mim...
Mil beijinhos.
Voltarei com calma para ler posts do seu blog para a ir conhecendo melhor.
Lisa
BRANCAMAR
ResponderEliminarFico contente por teres gostado: obrigada!
Já fui ler o teu interessantíssimo post com óptimas fotografias daquela magnífica paisagem da praia com a Capela do Senhor da Pedra.
Se os professores são exigentes mas humanos, marcam-nos positivamente, não é?
Para mim o pior são os injustos e os desinteressados.
Um grande, grande abraço, querida!
LISA´S MAU FEITIO
ResponderEliminarBem vinda é nesta sua primeira visita e bem vinda será em todas aquelas que me der o gosto de fazer. E que espero serem muitas.
Se trabalha com alunas assim, é, efectivamente, privilegiada.
Concordo, só as crianças a viverem bem a sua infância nos podem conservar a esperança no futuro.
Bem haja, Lisa!
Querida São.
ResponderEliminarNão vou reportar-me a este tema, mas vou responder à pergunta sobre a caricatura do Alberto João:- Em terra de cegos quem tem olho é rei.Lembra-te disto; se quizeres ir de Vila Real de Santo António até Vila Real de Trás- os- Montes, Poderás ir a pé. Aquela minha querida terra é pertença de 4 ou 5 Albertos e, se os naturais não o elegerem já sabem o que lhes acontece.Não podem sair de lá a nado...Já reparaste que o tio dele deu 15 milhões de euros ao filho para pagar as traquinisses que ele fêz? Pensa um pouco nisto... Um Beijo João .
Que recordações tão ternas.
ResponderEliminarA ternura daquela juventude a passar das dificuldades.
Buena semana.
Meu caríssimo JOÃO, estou siderada: que história é essa , que desconheço?
ResponderEliminarReconheço: eu estou de fora e assim é muito fácil falar, mas a criatura não pode adivinhar , na privacidade da câmara de voto, quem votou contra ele!!
Além disso, os continentais continuam a ser mal recebidos pelos habitantes..
Perdoa-me, mas eu só não dou a independência à ilha porque não posso.
Um grande abraço, meu amigo.
Meu querido DESI, quanto mais não seja temos saudades das ilusões, não é?
ResponderEliminarBesos.
O Paulo Portas poderá ser um grande criminoso, terá direito à sua defesa.
ResponderEliminarEu sei que é um problema de "lana caprina".
Neste caso, o advogado necessita de dinheiro para viver, como qualquer mortal.
Na Madeira, rebaixou-se e baixou o preço, que é uma brutalidade, mesmo assim, para com um Governo que o perseguiu.
A Ilha do Porto Santo, vista do longe, a primeira coisa que se vê, ou via, em 1978, eram duas enormes araucárias. Árvores de grande porte e património de não sei quê.
Estão num terreno com três casas encostadas. A da esquerda é do garcia pereira, a do meio é do primo, meu amigo e parceiro do ténis. A da esquerda é doutro primo que vive em Braga.
As araucárias, por serem património da ilha, nem querem que se apanhem as sementes.
No ano em que me convidaram e à família, estive lá um mês, tinham caído dois ramos que partiram uma data de telhas.
Fui eu e o meu parceiro de ténis que comprámos e montámos as telhas.
Foram cerca de 80 contos.
PeGou-se na factura e fes-se um requerimento a solicitar à autarquia o pagamento das telhas, já que eles apanham e germinam as sementes e vendem as araucárias caríssimas.
Como não quiseram pagar, o Garcia pereira entrou com uma acção contra o Governo Regional, pois a Câmara do Porto Santo, na altura era socialista e não via dinheiro do porco, desculpe do snr.jardim.
O Zéca, presidenta da Câmara, avisou que não havia dinheiro.
Sei que cerca de cois anos depois, o dinheiro e juros já estavam do lado de cá dos donos.
Agora o Zéca é o presidente da Câmara, mas pelo PSD ...
Nunca mais lá voltei ... mas tenho duas histórias com o snr. jardim e os capangas, que numa delas, deixou, quem ouviu, (na praia o que eu disse), com um sorriso de orelha a orelha.
Já está quase no fim a tinta, na próxima eu conto um dos episódios.
lembro~-me tão bem dos laços... e doutras coisas,claro... às vezes quase me sinto uma velha do restelo e não tenho nada esse espírito, mas enfim.
ResponderEliminarlembrar pequenas coisas significatrivas só faz bem
resto de boa semana
Sento-me nesta cadeira
ResponderEliminarNo meio da sala
No meio do nada
Penso nos passos que dou contra o tempo
Os olhos que baixo por causa do vento
Vento que me toma os sonhos cálidos e os pinta de vermelho
Sangram lágrimas sem choro
Sem voz
Murmuram segredos
Desenham-se-me no rosto esses esboços do silêncio
Esses que apago e esborrato
E de novo se pintam em telas contra a minha vontade
Rasgo as folhas de papel em branco
Queimo os lápis de madeira que insinuam escravinhices
Dos meus não ditos não há-de falar
Deixem-me sentir, aqui, a dor vermelha de não saber amar
Essa condição de ignorante eterno
Para sempre um boémio nos lençóis alheios...
Frios, gélidos...
Sem sabor nem cheiro...
Ausentes na minha vontade...
Amargos
Aquecem apenas esta minha pele que arrefece
Pensar que um dia me podia aquecer no leito dessas desconhecidas sem rosto...
Que distraído sou...
Pois estava-me a esquecer de desejar
Um fim-de-semana com muita amizade dentro
EFENJETO
ResponderEliminarmuito lhe agradeço o embelezar o meu espaço com tão belo poema.
Para o meu amigo e quem desejar, feliz fim de semana.
XISTOSA
ResponderEliminarClaro que todos os criminosos têm direito a defender-se : eu é que seria incapaz de tal e percebo muito mal que Garcia Pereira o faça.
Cá fico esperando os episódios.
Feliz fim de seaman.
LEONOR
ResponderEliminarCompreendo : o tempo é mais rápido que o TGV, não é?
Mas é bom ter boas memórias...
Feliz final de semana.