FALANDO SOBRE SIDA

Viva!

O texto de hoje , escrevo-o a convite do meu caro Raul, do Blogue Sidadania (o link está aí ao lado, nas minhas Netamizades). Antecipo assim a intenção que tinha em abordar o tema.

Desde já, agradeço à minha querida Isabel Filipe a generosidade de me permitir utlizar como ilustração este seu excelente trabalho. O link também está aí na barra lateral.

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SIDA foi uma palavra que entrou no nosso vocabulário nos fins do século passado, carregada de temor e desconhecimento.
Ao longo do tempo foi-se sabendo que:

- As pessoas afectadas morriam, não da infecção em si, mas de doenças parasitas.

- Afinal, não era algo que se confinasse à comunidade homossexual masculina, mas sim a toda a população sexualmente activa. Passou assim de ser considerada um problema associado a um grupo de risco para se ligar a comportamentos de risco.

-É sexualmente transmíssivel e passa de mãe a criança, na gravidez.

-Há hipótese de controlo do seu desenvolvimento.

-Ser seropositivo/a não implica necessariamente desenvolver a doença.

-Para evitar o contágio não é necessário ostracizar os portadores.

-A prática de sexo protegido é fundamental para evitar a transmissão entre parceiros.

Diria que quase inevitavelmente, no começo houve vozes da Igreja clamando ser a aparição deste grave problema castigo de Deus pela vida dissoluta da sociedade actual.

Aqui quero referir dois pontos:

«Esqueceram-se de que muitos anos antes acontecera o mesmo com a sífilis, cujas características são muito semelhantes.Consequentemente, o castigo não resultara e , pelos vistos, tivera que ser repetido!

«O uso do preservativo continua a ser proibido pelo Papa. Certamente na linha de pensamento católico medieval que queimou parteiras nas fogueiras da Inquisição por estarem a contrariar o desígnio bíblico pelo qual as mulheres são condenadas a parir em sofrimento e dores!

Há quem pense que , em Portugal, a SIDA entrou através das crianças e adolescentes da Casa Pia que foram enviadas para os Estados Unidos da América para serem abusadas sexualmente por pedófilos.

Há uma mensagem que aqui pretendo imprimir com nitidez e clareza : qualquer de nós se pode tornar portador e vítima da doença! Veja-se o drama vivido pelos hemofílicos no tempo em que Leonor Beleza e sua mãe tinham as responsabilidades máximas no Ministério da Saúde.

Outra coisa que temos todos de perceber : as pessoas infectadas não podem nem devem ser discriminadas seja de que modo for!

Pelas razões atrás apontadas , torna-se indispensável que nos informemos e actualizemos os nossos conhecimentos acerca desta doença.

Termino, deixando aqui a minha solidariedade a quem vive diariamente com a doença ( doentes, famílias, círculo de amizades) e prestando preito a quem tem a coragem de assumir a sua condição de doente com toda a dignidade!