EXCERTO DE "MURAL " : MAHMOUD DARWICH ( 13/3/1941 - 9/8/2008)

 Morte, espera que eu faça a mala : escova de dentes, sabonete,

lâmina de barbear, água-de-colónia e roupas.

É o clima ameno, lã ?

Há mudanças de clima na eternidade branca ?

Ou ele permanece igual, seja Outono ou Inverno ?

Bastar-me-à um livro para matar o não-tempo

ou precisarei de uma biblioteca inteira ?

E em que linguagem comunicam lá,

coloquial ou formal ?




Comentários

  1. Boa noite de paz, querida amiga São!
    Ah! Se pudesse ser assim...
    Uma biblioteca e teríamos o céu pertinho...
    Sempre instigando-nos a pensar que ela existe e que não dará tempo, talvez, de arrumar as malas... Preparemo-nos a tempo...
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos fraternos

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    1. Bem vinda, minha amiga!

      A morte súbita é , para mim, a maneira melhor de morrer...e, portanto, devemos, sim, estar sempre em prontidão.

      Grande abraço, querida Rosélia, bom final de semana.

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  2. O meu pai faria amanhã 89 anos.
    Bfds

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    1. Resta a saudade.

      Solidário abraço para si e paz para seu pai!

      Agradeço e retribuo.

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  3. No conocía este poema.
    Qué maravilla... un poema de los que me gustan muchísimo.

    Besos.

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    1. O poema "Mural "está inserido em "Poemas " de Mahmoud Darwich ( "versões de Manuel Alberto Vieira ) : é muito extenso : começa na página 61 e termina na página 98. Por isso, só publico excertos.

      Fico contentissima por te agradar !

      Besos.

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(Saudação Cátara)

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