Completam-se hoje vinte anos sobre a minha aposentação.
Adorei a minha profissão , que considero a melhor do mundo , pois se trabalha com crianças.
No entanto, este período de descanso também tem sido óptimo, pois , finalmente, tive tempo para mim, para viajar, para ler livros além dos de pedagogia, pisicologia e afins.
Um ano após a aposentação já tinha perdido todas as ilusões sobre voluntariado e tinha tido a triste confirmação de que funciona como tudo em Portugal , isto é, por capelinhas .
Por exemplo, a católica Associação Leigos para o Desenvolvimento enviou um ofício para meu filho com um convite para ser voluntário em Timor, algo impossível para ele por já ter família constituída e não viver dos rendimentos de ninguém. Por isso, eu contactei a dita Associação a informar de que estaria disposta a ir um ano para Timor. Fui recusada porque com 55 anos era demasiado velha, porém poderia contribuir com a doação monetária que entendesse. Escusado será dizer que não contribuí nem com um cêntimo.
E poderia relatar também o que aconteceu com a APAV e não só.
A única resposta positiva que tive era afinal para ocupação de um lugar de trabalho , com todos os deveres respectivos e sem renumeração. Obviamente, recusei , porque existem muitas pessoas a necessitarem de um posto de trabalho.
Depois destas experiências e de outras pessoas, enfurece-me o discurso veiculado pela comunicação social sobre o voluntariado em Portugal . Hoje a RTP 2 dará tempo de antena a uma senhora muito conhecida pela sua caridadezinha.
E assim vamos ...
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