O dia em que eu nasci morra e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o sol padeça.
A luz lhe falte, o céu se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas, pasmadas de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desaventurada que se viu !
Completamente desencantado com a vida!
ResponderEliminarEra um infeliz!
Abraço
Sim, Camões foi infeliz , sem dúvida.
EliminarAbraço, boa semana .
Ola, querida amiga São!
ResponderEliminarNem sempre se tem o que se merece.
Um poema realista do grande Camões.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos
A má fortuna perseguiu-o sempre e até aos nossos dias : a maneira como se estudou "Os Lusíadas" foi desastrosa e a moeda com que querem comemorar os quinhentos anos do seu nascimento é um horror!!
EliminarMinha querida amiga, beijinho de óptima semana.
Um soneto que mostra um poeta muito desiludido da vida.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Uma vida sofrida , muito sofrida, embora intensa e variada.
EliminarAbraço, boa semana :)
Triste poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarLuís Vaz de Camões é genial e uma pessoa que muito sofreu...
EliminarBeso
Es un poema duro y muy bueno.
ResponderEliminarCamões é um poeta de nível universal....
EliminarBeso
Quinhentos anos depois... este Soneto é de hoje. Pois...
ResponderEliminarEsqueceram-no e caminham na direcção da sua eliminação da nossa História.
Triste realidade.
Beijo,
SOL da Esteva
Começaram com um estudo completamente absurdo de "Os Lusíadas" na ditadura e agora comemoram os quinhentos anos do seu nascimento com uma medalha igualmente absurda!!
EliminarAbraço.
Amiga São,
ResponderEliminarOs gênios são amplos e eternos e “Luís de Camões” é grande e perene!
Um grande abraço e bom final de semana!!!
Concordo plenamente com suas sabedoras palavras, meu amigo .
EliminarBeijinho e excelente semana :)
Este soneto que não conhecia é terrível, mas belíssimo... É por causa de sonetos como este que eu tenho a certeza absoluta de não ser genial. É que todos os génios amaldiçoam o dia em que nasceram e eu, humilde mortal, estou muito grata ao universo e aos meus pais por me terem permitido esta viagem pela vida.
ResponderEliminarUm abraço, São!
Não será genial, mas é excelente, Maria João!
EliminarEste dolorido poema de Luis Vaz é dos mais tocantes de toda a poesia que tenho lido ao longo da minha vida.
Abraço agradecido e retribuído , boa semana :)
Passou aqui por Macau e, reza a lenda, não podia ver uma burra de calças :))))
ResponderEliminarBoa semana
Existem muitos homens assim...
EliminarBoa semana
Camões escreveu muitos e belos poemas, nomeadamente sonetos, para além dos Lusíadas.
ResponderEliminarBoa semana.
Um abraço, minha amiga.
Gosto muitissimo da poesia lírica e , claro, de Os Lusíadas., que tão mal trabalhados foram pela ditadura.
EliminarAbraço, meu amigo, tudo de bom .
Cinco séculos do nascimento do nosso maior poeta. Bonita a tua homenagem com este belíssimo soneto.
ResponderEliminarTudo de bom, minha Amiga São.
Um beijo.
Camões é um poeta genial e de nível mundial.
EliminarGrato abraço, Amiga, tudo de bom para ti .
Sabes, São, ainda há pouco num comentário rio escrevi que não posso sequer pensar nos Lusiadas, porque, como dizes, ele foi-nos dado a conhecer duma maneira tão " estúpida " que, duvido, que as pessoas da minha idade o tenham apreciado devidamente. Aqueles cantos todos " esmiuçados " frase a frase, tantas orações a dividir, interpretação, enfim....uma trabalheira medonha A minha filha, também de letras gostou muito, porque foi dado de uma maneira muito mais suave. Tenho aqui os dois, o meu e o dela e o tamanho, só por si, já mostra a diferença. Beijinhos, Amiga e desculpa a ausência! A disposição não anda lá muito bem, mas....vai passar
ResponderEliminarEmilia
Que surpresa agradável !!
EliminarComo sempre gostei muito de ler e achei completamente estúpida a maneira como no Liceu "Os Lusíadas" nos foram impingidos , destruindo a beleza da poesia e só se preocupando com aspectos gramaticais, decidi que leria a obra após o exame do quinto ano e assim fiz.
Ainda bem que a tua filha não teve que passar pela nossa desagradável experiência.
Minha amiga, a tua presença é sempre bem vinda ... e que tudo te corra bem.
Grande abraço.