Cinquenta anos perfeitos hoje sobre a segunda maior tragédia colectiva portuguesa : as inundações da área de Lisboa na noite de 25/11/1967. Só suplantada pelo terrível terramoto de 1/11/1755, que destruiu Lisboa e cuja origem o padre italiano Gabriel Malagrida atribuía a puro e simples castigo divino.
O ditador Salazar ocultou e abafou a verdadeira dimensão da catástrofe , só permitindo notícias muito censuradas e escamoteando os factos mais duros e pesados. Tanto que tudo parecia resumir-se a poucas pessoas afogadas e à morte dos cavalos do cavaleiro tauromáquico José Mestre Baptista.
O cinismo e a crueldade do regime ficaram ainda mais à vista quando as caridosas criaturas do Movimento Nacional Feminino foram entregar uma lata de sardinhas para uma família de seis ou sete pessoas e um senhorio se deslocou até ao lugar dum casinhoto já inexistente para cobrar a renda acompanhado pela autoridade.
O trabalho mais profundo e doloroso foi efectuado por jovens estudantes da Universidade , crescendo assim muito a consciencialização política que desembocou no libertador 25 de Abril de 1974.
Paz a todas as vítimas !
¡Paz y memoria!
ResponderEliminarUn beso, querida amiga.
Memória, sim, para que a História se não repita!
EliminarFuerte abrazo , amigo mio
Amén.
ResponderEliminarEu trabalhava no Laboratório Sanitas, em Lisboa, e vivia em Monsanto em casa de uns tios, que ele era guarda florestal. No trabalho tinha várias colegas a residir em Odivelas que perderam tudo com essas inundações.
Um abraço e bom fim de semana
Só quem conheceu as pessoas que viveram o drama tiveram um conhecimento mais aprofundado da terrível tragédia acontecida , a população em geral ficou desconhecedora do drama...
EliminarAbraço e feliz domingo, amiga
Ainda bem que podemos abordar o assunto!
ResponderEliminare PAZ a todas elas!!!
Bom domingo amiga
Sim, nem que só por isso valeu o 25 de Abril 1974|
EliminarBeijinho e bom domingo, amiga minha
Um outro desastre grande
ResponderEliminar25 de Novembro de 1975
(não constam muitas mortes
mas sobrevivem zumbis)
Porém, desse podemos falar desde sempre... e , sim, existem muitos fantasmas por aí,
EliminarFeliz Dezembro
Foi mau de mais, São! Toda aquela zona de Sacavém, Loures, o Bairro Padre Cruz, a área que vai de Queluz para a Cruz Quebrada, os "casinhotos" onde (sobre)viviam as famílias todos levados pelos deslizamentos das terras... Uma tragédia vivida à boca calada.
ResponderEliminarE ainda há quem diga que «devia vir um outro Salazar» para pôr tudo na ordem... Raios que os partam!!
Que quer Salazar de novo deveria ir jazer para as masmorras do Forte e S. Filipe na Terveira ou para o campo de concentração do Tarrafalde Santiago.(Cabo Verde).
EliminarDa verdadeira dimensão da tragédia, pessoalemnte só soube muitissimo mais tarde e pormenores ainda mais tarde, por conhecer uma senhora vítima daquela terrível catástrofe!
ERRATA:
Eliminar_ Quem
-Forte de S. Filipe na Terceira
- Tarrafal de Santiago
_ Pessoalmente
Olá, São
ResponderEliminarCataclismo que fez muitas vítimas e deixou muitas famílias sobreviventes no meio da maior desgraça. A lembrança desse dia é fundamental para que se veja que no nosso presente as tomadas de decisão e estratégias terão de fazer a diferença.
Bom fim-de-semana, São.
Bj
Olinda
Viva, Olinda !
EliminarSim, a prevenção é sempre a medida mais adequada em todos os campos. E deve ser seguida quer por quem está no POder quer pelas próprias pessoas-
Bom Dezembro , abraços
Oi, São!
ResponderEliminarUm tio avó que era médico contava que tratou muita gente vinda da zona de Loures e que alguns países fizeram donativos de vacinas contra a febre tifóide. Ele contava também que foi uma catástrofe! Nunca choveu tanto!!
Paz a todas as vítimas!!
Bem vinda!
EliminarCatástrofe terrível e silenciada pela ditadura, de que a maior parte de nós só soubemos a extensão após 25 de Abril de 1974!!
Abraço de matar saudadesssss
estivemos lá, não esquecemos!
ResponderEliminarbeijo
Acredito plenamente !
EliminarBom fim de semana
Tinha três anos na época.
ResponderEliminarNão tenho memória nenhuma.
Boa semana
Eu tinha dezoito recentes e lembro-me perfeitamente porque é o dia de anos de um tio meu e quando ele saiu da nossa casa se comentou o quão carregado estava o céu...
EliminarFeliz fim de semana, Pedro
Lembro-me bem do que aconteceu, São. Até nos custava a acreditar que as pessoas viviam em tão más condições...
ResponderEliminarQue descansem em paz, sim.
Um grande beijo.
Mi querida amiga Sao.
ResponderEliminarLuego de visitar a Lisboa hace unos años le conté a la alcaldesa de una ciudad colombiana situada al lado del mar que sufre de algo llamado "arrollos" que provocan grandes inundaciones, mi experiencia cuando vi esos canales que tan majestuosa ciudad ha construido, me imagino a raíz de la tragedia de 1967.
Excelente escrito.
Un gran abarzo!!!
muitos de nós, estivemos lá!
ResponderEliminarolhamos, vimos e guardamos para sempre
beijo, amiga
Eu só soube muito mais tarde....
EliminarBom resto de 2017, feliz 2018!