Li recentemente um livro sobre o tremendo terramoto que destruiu Lisboa em 1 de Novembro de 1755, escrito por um inglês baseado nos testemunhos de compatriotas que viveram a tragédia na capital.
Descobri ter sido muito pior de quanto geralmente se julga e teve consequências significativas em muitas áreas, incluindo a Filosofia.
Foi este período trágico que Domingos Amaral escolheu como pano de fundo para o seu romance "Quando Lisboa Tremeu", onde vários destinos de cruzam : as freiras Margarida e Alice, o pirata Santamaria e o seu amigo árabe,um grupo de bandidos espanhóis, o capitão inglês Hugh Gold, um par de gémeos falsos.
Margarida e Alice escapam das celas da Inquisição e Santamaria, o seu companheiro e os espanhóis do Limoeiro.Consequentemente, além das terríveis dificuldades provocadas pelo sismo ainda têm a preocupação de se saberem perseguidos .
O enquadramento histórico , de onde inevitavelmente se destaca o Carvalhão, isto é, Sebastião José de Carvalho e Melo, é rigoroso e consegue transmitir o caos e o horror vividos em Lisboa naqueles dias .
O enredo é razoável e mantém o interesse, embora me pareça estar muitissimo longe de ser o livro da vida de quem quer que seja.
O desenlace fez-me lembrar a cena final da peça de teatro ensaiada em "O Pai Tirano", quando se descobre a ligação de todas as personagens entre si.
Se alguém já leu ou vier a ler o livro, gostaria de saber a sua opinião.
Sobre esse assunto li há anos "As Vozes da Terra" de Miguel Real. Foi aliás o primeiro livro dele que li. Um espanto de linguagem!
ResponderEliminarSobre o assunto também visitei o museu do Terraço do Paço e adorei!
Beijinhos e boas leituras.
De Miguel Real li "Nova Teoria do Mal", que também já dei notícia aqui e que muito me agradou.
ResponderEliminarBoas leituras e diverte-te no Carnaval, embora o tempo não esteja para foloias.
Bom, pelos vistos Domingos Amaral faz uma pesquisa histórica mais aturada do passado distante do que do recente. Assim também acontece em "Enquanto Salazar Dormia", durante a II Guerra Mundial em Lisboa e a espionagem que abundava por cá, mas já não em "Verão Quente", em que a sua visão é mais que parcial do ano de 1975... :)
ResponderEliminarAssim, talvez leia, mas não para já! :)
Obrigada pela tua opinião.
Beijocas e bom sábado!
Não li, mas gosto dos romances inseridos na História.
ResponderEliminarSão, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Ando com leituras duras
ResponderEliminarLeio O Gonçalo M Tavares, neste momento
Uma página por dia
e não me sobra tempo
Bom fim de semana e bom Carnaval!
ResponderEliminarAbraço
Não li a obra de que falas. Sei um pouco do impacto que o terramoto teve, inclusive na imprensa da Europa. Mesmo ali no sul de Espanha, a Isla Cristina, Canela e Antilla não passavam de pântanos antes do tsunami. Após, tornaram-se terra firme e habitáveis.
ResponderEliminarAbraço, São.
Olá, São!
ResponderEliminarComigo não aconteceu uma coisa nem outra...de modo que me fico pelos votos de bom fim de semana, e bom Carnaval.
Com um abraço amigo.
Vitor
Agradeço e retribuo os votso de divertido Carnaval, amigo.
ResponderEliminarAgradeço e retribuo, LINO!
ResponderEliminarANA, o impacto físico afectou lugares bem longe de Lisboa e os abalos foram-se repetindo quase ao longo de um ano.
ResponderEliminarInevitavelmente, a tragédia ocorrerá de novo, dada a localização da cidade ...e taçvez com p+iores consequências pois o subsolo está todo minado por túneis .
Bom Carnaval, embora o tempo não nos seja de grande alegria.
ResponderEliminarOlá, São
Gostaria de ler pois adoro livros com conteúdos históricos, por isso vou pô-lo na minha lista.Também gosto da visão dos estrangeiros em relação à História de Portugal.
Presentemente estou a ler 'Um Império à Deriva-A corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821'
O Terramoto de 1755, um facto a não perder de vista, como bem refere.
Um bom domingo.
Bjs
Olinda
ResponderEliminarO autor do livro que referi chama-se:
Patrick Wilcken.
Esqueci-me de o incluir.
:)
Adoro História, sempre fui muito boa aluna na disciplina e ficou-me o gosto por romances históricos.
ResponderEliminarTambém aprecio muito saber a visão que os estrangeiros têm de nós . Há pouco tempo li um muito interessante, escrito por um inglês vivendo cá há dezenas de anos e casado com uma portuguesa .
Neste momento não recordo nem o nome do livro nem do autor.
Penso que sim, que é bom estarmos atentos à real possibilidade de novo terramoto e só lamento que o único edifício público preparado para lhe resitir seja a Assemblaeia da República!
Bom fim de semana, amiga.
Obrigada pela indicação, pois vou ver se consigo ler, já que essa fuga da Corte para o Brasil e o modo como lá viveu é pouco conhecida.
ResponderEliminarQuerida Olinda, tenha um dovertido Carnaval.
ROGÉRIO, nunca li nada dele.
ResponderEliminarNeste momento, para dureza sobra-me a da situação portuguesa que está seguindo passo a passo a grega e tudo isto me faz temer que passemos da guerra económica para as das armas.
Abraço
São
ResponderEliminarAconselho "A Vida Quotidiana em Portugal ao Tempo do Terramoto" de Suzanne Chantal da editora Livros do Brasil.
Quanto ao Domingos Amaral é um autor que não aprecio. Basta-me ler o seu blog, para não me entusiasmar.
Para não voltar atrás, devo dizer que, já vi o filme Django. Gostei até à altura da morte do caçador de prémios, naquele tiroteio feroz. Excelentes diálogos, uma interpretação soberba de Christoph Waltz.
Não é um filme à Tarantino, nem um western spaghetti. Tem uma montagem linear o que não é costume no realizador.
Bom domingo
Deve ser um livro interessantíssimo, recheado de factos curiosos e desconhecidos ! Fiquei curioso ! :))
ResponderEliminar.
ResponderEliminarOlá, São
Já li dois romances de Domingos Amaral. Por acaso não o tinha relacionado com Freitas do Amaral, por isso foi muito boa a achega que me levou ao Xaile.
Sobre o livro que estou a ler, pus um UM a mais. É só 'Império à deriva etc. ...'.
Mau negócio comentar quase às 3h da manhã. Ou falta alguma coisa ou então vão palavras a mais. :)
Bj
Bom resto de domingo.
Olinda
Não li, mas parece ser interessante
ResponderEliminarbeijinhos
Eu ainda estou a tremer... de frio. boa semana
ResponderEliminarDe frio tremi eu estas noite e via que nem dormia..
ResponderEliminarDiverte-te
Querida LUNA, lê.se bem, mas não é dos melhores livros que li.
ResponderEliminarAbraços
Querida OLINDA, pois ...não se preocupe, que está falando com alguém que dá muitaaass gralhas, rrss
ResponderEliminarA princípio também desconhecia o parentesco, embora tenha o sobrenome Amaral.
Um abraço com votos de divertido Carnaval
Caro RUI, lê-se bem, mas não é uma obra prima. Mas antes ele que o pivot da RTP, sem sombra de dúvida-
ResponderEliminarP título do filme que tem como desafio é "Morte em Veneza", rrss
Divirta-se
CARLOS, vou ver se encontro esse livro ou , então, faço encomenda.
ResponderEliminarDomingos Amaral, conheço-o de umas croniquetas e , agora , deste livro. Não fiquei rendida, realmente.
Waltz é um actor fora de série; fiquei absolutamente maravilhada com ele desde "Sacanas sem Lei": espero bem que receba o òscar. Espero também vê-lo num papel de protagonista.
De facto, após a morte do médico, o filme torna-se um western como tantos outros e perde um pouco o interesse.
Quanto à realização, não conheço assim tão bem o trabalho dele, mas tenho ideia de que há um filme dele que comaça a história pelo fim ao longo do filme tudo se vai encaixando até ao epílogo.
Um abraço
TETÉ, é natural que sim, que isso aconteça dado estar mais distanciado e quanto ao passado recente ele vem de uma família de Direta e isso pesa.
ResponderEliminarEntretanto, aconselhe-te, de Alfonso Mateo-Sagasta, o estupendo "Caminarás con el Sol", romance premiado sobre Gonzalo Guerrero(prisioneiro espanhol dos Maias que adoptou a cultura e os acompanhou na resistência contra a invasão de Espanha)
Beijinhos e diverte-te
Querido NILSON, se gostas de romances históricos e sabes ler castelhano , te sugiro o premiado romance que Alfonso Matteo-Sagasta escreveu na primeira pessoa acerca de Gonzalo Guerrero: "Caminarás con el Sol", de que ainda aqui falarei.
ResponderEliminarQue tenhas um divertido Carnaval, amigo meu
Não li e, sinceramente, não está nos meus planos de leitura mais próximos. Apesar de estar a reduzir a minha pilha de espera a bom ritmo, ainda tenho bastante coisa por ler...
ResponderEliminarSe tens muita coisa ainda a ler, não vale a pena alterar a ordem...
ResponderEliminarTudo de bom