Estou escrevendo a quente sobre a inesperada notícia da tua morte. Pelo menos, para mim. Sei que tiveste um problema grave , como são todos os tumores malignos . No entanto, tinha sido controlado. Não sei , ainda, se essa doença maldita te venceu e te levou a atravessar a fronteira entre a vida e a morte. Para mim, o cancro é incurável, desgraçadamente. E um dos meu terrores. Sempre achei piada a esse teu lado capaz das coisas mais bizarras, como te separares ao fim de uma semana de casado. Talvez por isso e muito mais , foste uma daquelas pessoas de quem eu gostaria de ter sido amiga pessoal. O teu imenso talento como actor/cantor está acima de todas as dúvidas. A primeira vez que te vi actuar em palco foi no desaparecido Teatro Monumental , em Lisboa, numa comédia intitulada "A Gravata" onde contracenavas com o também excelente actor Paulo Renato, há muito falecido. A derradeira actuação que te aplaudi foi nu...