"L´AIGLE ÉGYPTIEN - NASSER " - GILBERT SINOUÉ

Há muitos anos que pretendia conhecer melhor a vida e o percurso deste nacionalista egípcio, que foi a mais viável hipótese de união árabe.

Gamal Abdel Nasser ( 15/1/1918 - 28/9/1970) libertou o Egipto da tutela inglesa , derrubando Farouk  e exercendo  o Poder de 1954 até à morte .

Enfrentou  situações bem complicadas .Como , por exemplo, o ataque concertado de Israel, França e Reino Unido  quando decidiu nacionalizar o Canal de Suez.

A operação foi vergonhosa e massacrou inúmeros egípcios, unindo ainda mais todas as pessoas em torno de Nasser. 

As relações do Raís com o Ocidente acabaram por se deteriorar significativamente por causa do apoio incondicional e cego dos EUA a Israel e ao seu total incumprimento das decisões internacionais, às guerras preventivas dos sionistas contra os árabes e massacres dos palestinianos.

Foi essa a razão que lançou o Egipto na esfera de influência soviética, embora Nasser abominasse o comunismo.

Pela mesma razão, o Egipto se tornou parte dos países não-alinhados .

A pior humilhação sofrida foi a terrível derrota  na Guerra dos Seis Dias e que deu a Israel a oportunidade de se apoderar de territórios que jamais deixou livres até hoje, sempre com o suporte  do imperialismo estado-unidense.

Deve-se a Nasser a construção da gigantesca barragem de Assuão, de que foram salvos os famosos templos de Abu Simbel.

O seu papel como símbolo da importância árabe foi imenso e tornou-o uma figura respeitada e temida tanto por adversários como por quem se revia na defesa intransigente que efectuou das suas convicções.


Lamentável  não ter sido seguido o seu exemplo e actualmente não existir ninguém naquela conturbada zona que faça frente aos EUA e aliados.

A quem aprecia História e queira entender melhor o que se passa no Egipto, na Síria e em todos aqueles países , e leia francês, sugiro firmemente a leitura desta excelente biografia.

- " En Janvier 1955, Daniel Solod, l´ambassadeur soviétique au Caire, avait déjà informé discrètement Nasser  que son pays était disposé à fournir des armes à l´Egypte. Le leader égyptien , qui était surtout interessé par le financement  du haut barrage d´Assouan, n´avait pas donné  suite à cette suggestion. Il se peut aussi qu´il espérait un revirement de la politique occidental.

À présent, éxaspéré, il met en garde l´ambassadeur américain Henry Byroade : « Si l´Ouest refuse de me vendre des armes, ne vous étonnez pas si  j´en achète à l´Est!».Dans le même temps, il fait une proposition constructive pour pacifier la zone de Gaza. Mais Israel refousse la suggestion."

NOTA.

Voltarei aqui a 7/7/2015.

Até lá, um afectuoso abraço.