É de conhecimento público que não tenho a mínima consideração por António Lobo Antunes nem como escritor nem, menos ainda, como pessoa.
No entanto, há três crónicas suas que gostei de ler . Uma é aquela de que aqui fica o link e dá o exacto retrato das "senhoras de bem " que praticavam caridade na ditadura e de quem Isabel Jonet(Presidente condecorada do Banco contra a Fome) segue fielmente o exemplo. Intitula-se apropriadamente "Os Pobrezinhos" e traz-me à memória um estupendo conto de Urbano Tavares Rodrigues ("A Samarra).
Este post é gritante.
ResponderEliminarFez bem em partilhá-lo. Pode não sacudir todo o mundo mas se acordar algumas consciências já terá valido a pena.
Esta é a sociedade que nos impõem. Estas são as figuras da caridade bolorenta...
a caridadezinha é a um dos piores defeitos da nossa civilização!
ResponderEliminarBeijo grande!
ESperemos que sim, que a Luz nos guie, mais ainda a quem se acha já nas portas do seu imaginário paraíso e que em vez de combater as causas da pobreza critica as vítimas e as humilha com a sua caridade e falta de compaixão.
ResponderEliminarO meu grato abraço , LUÍS!
Penso que és bastante mais novo do que eu e não te lembras certamente das visitas que as dignissimas esposas dos excelentissimos ministros da ditadura efectuavam aos bairros de lata causados pela política defendida pelos seus amados maridos.
ResponderEliminarNão sei se tinham ou não a noção da realidade, mas Isabel Jonet deveria ter, francamente!!
Um abraço, KAPIKUA.
Querida amiga
ResponderEliminarVenho agradecer a sua presença amiga em meu cantinho
Muito obrigada e que Deus esteja sempre com você.
Abraço amigo!
Amizade é um laço fraterno que vai se conquistando pouco a pouco.
Amizade é um elo de Amor que vai se fortalecendo dia apôs dia.
Amizade requer uma sabedoria toda própria, para que ela cresça e amadureça.
Amizade é um sentimento de Amor que é perseverante nela mesma.
O meu abraço grato
ResponderEliminarNunca li nenhum livro de António Lobo Antunes, mas já li algumas crónicas, esta é genial! :)
ResponderEliminarE a banda desenhada de Quino é um "must", esta aplica-se lindamente às idiotas declarações da Jonet!
Abraço
Ao contrário de si, gosto muito de Lobo Antunes e as suas crónicas na Visão são do melhor que se pode ler na nossa imprensa.
ResponderEliminarQuanto ao cartoon, já o tinha publicado lá no CR.
Tenha um bom final de dia e uma boa noite
São
ResponderEliminarVamos supor que Isabel Jonet até foi desajeitada nas suas declarações. Pronto! Mas as suas declarações (habilmente desvirtuadas por um sector vasto das redes sociais) já ando eu a escrever no meu blogue e a São já tem lido alguns tópicos que eu lá escrevo.
Depois, nem se importou do trabalho dela à frente do Banco Alimentar contra a Fome que é notável! Tudo o que ela disse subscrevo inteiramente. E mesmo que tivesse outra opinião, não me sentia com autoridade moral para criticar tão violentamente a senhora. Porque nada fiz para erradicar a pobreza em Portugal.
Tudo leva a crer, até pela analogia da crónica de Lobo Antunes (que não li)que a Instituição que a senhora dirige, se trata de uma organização que pratica a tal caridade.
Cumprimentos.
Havia uma canção, pós-25 de Abril, que cantava: "vamos brincar à caridadezinha"...
ResponderEliminarUm abraço com muita saudade
Pois, era do Barata Moura...
ResponderEliminarBeijinhos
Por mim, quando alguém fala em caridade, desconfio que anda máfia por trás. A caridade degrada tanto aquele que recebe como aquele que dá.
ResponderEliminarEu ouvi em directo as palavras de Isabel Jonet.
ResponderEliminarFrancamente, comecei logo por me aborrecer por ter dito que vivemos acima das nossas possibilidades ( e o CARLOS sabe o que eu penso disso : houve pessoas que fizeram disparates, mas não podemos generalizar ,pois é injusto.E a principal responsabilidade , se é que assim foi, é da Banca e dos Governos de todas as cores que lhe deram permissão para tal).
Depois, fiquei chocada com a censura que fez à pretensão de se comer bife todos os dias...bom aqui , aindo posso conceder que foi "só" desajeitada.Porém, todas as pessoas, em última análise, têm direito a comer condignamente todos os dias...e nós sabemos que tal não está a acontecer!
Ou então para que serve a instituição a que a senhora preside?!
E aquilo que está na banda desenhada, dou-lhe a minha palavra de honra que acontece: já estive presente num desses repastos( não vou explicar aqui a razão , até porque não estive lá por vontade própria)
Além disso, não concordo que o Banco entregue a IPSSs produtos alimentares sem se informar de como funcionam e que destino pretedem dar ao que recebem.
E sei perfeitamente do que falo , pois trabalhei com IPSSs durante décadas e sei, só por exemplo, que uma vendeu o que lhe foi entregue pelo Banco e que outra estava com sérios problemas de péssima gestão pela segunda vez(isto só na área que eu supervisionava).
Além disso, recebi um ofício do Banco em tom moralista e culpabilizante solicitando donativo monetário, que enviei ...mas acompanhado por resposta à letra.
Quanto a voluntariado , não lhe vou contar as aventuras que me têm acontecido na tentativa de o praticar porque não o quero maçar mais. Mas podemos qualquer dia falar nisso...
Os meus cumprimentos.
Minha amiga duas escolhas muito adequadas ao assunto que merece toda a nossa condenação.
ResponderEliminarbeijinhos
O que me custa nestas situações é que as pessoas ajudam quem está em dificuldade não por compaixão , mas sim porque acham ser sua obrigação.
ResponderEliminarE seria bom que combatessem as cuasas da pobreza, sem fazerem julgamentos sobre as pessoas.
Um abraço
Daniel, a caridade é como os Dias disto e daqueloutro : uma maneira de tranquilizar a consciência!
ResponderEliminarSeria melhor ter um pouco de compaixão pelo sofrimento das pessoas e intervir no sentido de acabar com aquilo que provoca a pobreza.
Um abraço
DE Lobo Antunes, li três livros e jurei para nunca mais!
ResponderEliminarComo pessoa, acho-o um asco, tanto por experiência própria como por aquilo que conheço do seu comportamento.
Estou a lembrar-me , só por exemplo, do azedume que demonstrou aquando da atribuição do Nobel a Saramago.
Isabel Jonet , pois...parece que acabou por mostrar quem relamente é ou, no mínimo, o que pensa das pessoas que necessitam de ajuda.
Deveria ter dito quem viveu/vive acima das possibilidades do país....coisa que ainda ninguém explicou. O que me irrita solenemente!
Beijinhos, TETÉ
Deixei-te notícias importantes numa mensagem no facebook. Não no mural, mas nas mensagens privadas.
ResponderEliminarBeijinhos
Parece, então, ser a primeira vez(e espero também derradeira) que estamos em desacordo, CARLOS , rrss
ResponderEliminarCompro a "Visão" todas as semanas, mas não leio nada dessa criatura.
Acho que foi nele que se inspirou Jack Nicholson para a sua personagem em "Melhor é Impossível", rrss
Durma bem, CARLOS
Com muita alegria, te respondi.
ResponderEliminarDorme bem, rrss
A banda desenhada é igual aqueles tipo de Hollywood e da música que se juntam com políticos para dar festas em que todo o dinheiro que recolhem mal deve dar para pagar a festa.
ResponderEliminarA banda corresponde, infelizmente, à realidade: já participei - embora não por opção minha - num daqueles banquetes: uma situação verdadeiramente constrangedora, garanto-te ( mesmo para quem tinha uma opção política mais à Direita do que a minha)
ResponderEliminarBom dia de greve...ou de trabalho. rrss
Olá, São!
ResponderEliminarPobreza gera pobreza, e o ciclo perpetua-se se não for quebrado.E aqui andámos para trás no tempo, para mal de tanta gente, e de todos, afinal.
Fui lá ler a crónica, muito bem escrita, sobre os pobrezinhos de estimação; "moda" que parece estar a pegar de novo, agora de forma institucionalizada.
Mas ainda ainda consegui rir-me com a refinada ironia do mendigo: "Não minha senhora, vou comprar um Alfa Romeu" ... Se não conseguirmos de quando em vez pensar noutra coisa vamos dar em tolos ... receio eu.
Abraço; bom resto de semana.
Vitor
Muito adequado!!!
ResponderEliminarQuerida Sao,
ResponderEliminarRegia forma grafica de expresar sentires propios y de otros.
Te quiero mucho.
Também sobre Lobo Antunes estamos de acordo. É um pedante assumido...
ResponderEliminarSei que uma professora de Literatura não deveria dizer isto. Hélas! No teu blogue julgo que posso.
Também ouvi o directo. Caridade profissional assusta-me pelo que significa.
Beijocas
Muito apropriado o cartoon da Mafalda.
ResponderEliminarQuanto ao escritor António Lobo Antunes, só tenho um livro que ainda não li mas que por falar de autismo comprei , mas ainda não consegui ler.
Mas as crónicas quando me chamam atenção leio e esta já tinha lido e também apropriada, embora também ele fale de barriga cheia.
Já quanto á pessoa simpatizo com ele com grande sentido humor e muito conversador ( já assisti algumas palestras), até o Bruno já teve oportunidade de falar com ele.
Beijinhos
o ex-presidente da Italia também fazia caridade a bem dos pobres...
ResponderEliminarQuanto à Dnª Jonet, é assim uma coisa parecida como a cortiça. Tem estado sempre ao de cima de água e a ferrugem fê-la velha, mas por isso mesmo, julga que estamos em 1970.
Se ela, soubesse o que era fome...
A senhora nasceu em berço de ouro mas gosta de ajudar os pobrezinhos, e bem vamos precisar de gente assim. Por enquanto temos o Banco Alimentar, já vem a caminho o Banco do Medicamento, mas muitos mais se seguirão: Banco das Roupas, Banco dos Computadores, Banco dos Produtos de Papelaria, etc etc etc - a previsão de crescimento da economia portuguesa até 2060 é de 1,4%, o que significa muita mão estendida à caridade.
ResponderEliminarCaridade para inglês ver, se bem que essa senhora tem o seu mérito.
ResponderEliminarbji, querida amiga
Caridade sem compaixão, minha amiga , não tem grande valor.
ResponderEliminarE sabendo o que sei acerca da actuação do Banco e da falta de cuidado na distribuição dos bens, cada vez duvido mais dos méritos da benemérita!
Um abraço apertado, lindinha.
Já agora, dava jeito um Banco de vergonha para os governantes se abastecerem de alguma!!
ResponderEliminarA que propósito, os medicamentos são retirados de mercado com um ano de validade?!
E, para os pobres, não há mal em que estejam dentro desse período?!
Tem excelente dia.
Isabel Jonet teve a sorte de nascer num país católico onde o cumprimento do simples dever de ajudar os outros dá direito a lugar nos altares!!
ResponderEliminarUm abraço, JUBA, amigo meu
Apropriado e verdadeiro desgraçadamente , garanto-lhe!
ResponderEliminarLobo Antunes , simpático?! Devia estar sob efeito de substâncias estranhas , rrss
Como se chama o livro? Ele é psiquiatra, como sabe. Mas totalmente desequilibrado.
Um abraço para vós, MINA
Querida ANA, folgo em que mais uma vez a nossa análise coincida: Lobo Antunes é uma criatura que desprezo de todo!
ResponderEliminarE aqui, claro...podes dizer tudo rrss
Isabel Jonet é um clone , talvez mais sofisticado, de Cecilia Supico Pinto.
Criaturas que se arrigam o direito de se suporem superiores por tão sómente cumprirem nada mais que o devr de ajudar quem precisa...mas sem compaixão nem empatia.
Abraço apertado.
Este autor é extraordinário, sim.
ResponderEliminarToda a minha estima, querido RICARDO, num abraço enorme
Ainda bem que assim acha, ROSA!
ResponderEliminarTudo de bom.
Bem vindo, VÍTOR!
ResponderEliminarEstamos, tens razão, recuando décadas e voltando à miséria do Estado Novo . Onde os pobres eram apresentados nos livros da escola primária (coisa que para sempre me marcou) como algo inevitável e não como consequência da política seguida por quem tem o Poder!!
Mas há sempre alguém que ressite, como o do senhor que diz à doce benemérira que iria comprar um Alfa-Romeo!!
Um apertado abraço, amigo.
São
ResponderEliminarO livro, chamasse o "Arquipelago da insónia" rsss, mas não passei as primeiras páginas.
Estivemos em 3 apresentações, mas só comprei este, e como digo de todas as vezes gostei muito, ele deixou a plateia bem disposta, ele conta como se formou em psiquitria e é muito humano e até intimista nestas apresentações , fala de tudo menos dos livros. Da história de vida da formação, da situação de saúde grave em que esteve. Do só ser reconhecido no país, depois de o ter sido lá fora. Eu sinceramente gostei, embora ás vezes na ironia também possa estar alguma arrogancia. Mas tenho muito boa impressão da pessoa.
beijinhod
Ainda bem que a Mina não foi agradida pela sua estupidez e arrogância como eu fui gratuitamente e depois de lhe ter comprado um livro !
ResponderEliminarE sei mais situações que sei serem verdadeiras porque conheço muito bem as pessoas que mas contaram.
É o que eu digo: deveria estar sob estranhas influências, rrss
Um abraço grande para vós