A morte física é a única certeza que o ser humano possui . Na vida terrena tudo é vulnerável, tudo é incerto, nada é garantido. Não temos poder algum sobre a saúde, sobre o amor, sobre a própria Natureza. E face a esta realidade inegável e omnipresente, não se entende como existem criaturas que se afadigam a cultivar riquezas, ódios e sofrimento. Por vezes, em nome de ideais bem nobres ou de religiões baseadas no amor e na aceitação. Face à morte , todas as pessoas são iguais, irremediavelmente iguais. Talvez resida aí a verdadeira, única e exclusiva democracia. A vida objectiva o desenvolvimento de cada um de nós e isso só se consegue respeitando o Outro e cuidando que espalhemos à nossa volta o bem, sem deixarmos de ter o direito de defesa. Como se perdeu a espiritualidade e se entrou numa religiosidade demasiadas vezes oca por se dar excessiva importância às aparências exteriores, aos ritos e, infelizmente, ao "folclore", a maior parte de nós receia morrer, apavor...