PSD E O FUTURO

O Partido Social Democrata (P.S.D.)encontra-se de novo aos trambolhões, perdido pelas ruas da amargura.


Embandeirou em arco com a vitória nas eleições europeias , tropeçou nas legislativas e ficou de gatas nas autárquicas(embora ainda seja dele a maioria das Câmaras, muitas delas em coligação com o CDS de Paulo Portas, não esqueçamos).


Além do fracasso eleitoral, perdeu algo ainda mais importante : a credibilidade .


Porque, afinal, Manuela Ferreira Leite - além de não ser competente ( o seu desempenho governativo demonstra-o à saciedade) - também não corresponde àquela imagem de seriedade e rigor construída não percebo muito bem como .E este facto comprova-se nas listas elaboradas para a Assembleia da República , em ter dado a Madeira como exemplo de liberdade, na aceitação de Santana Lopes para Lisboa, nos discursos feitos sobre as inventadas escutas e nos  infelizes casos de"O Público" e TVI.


Evidentemente, a responsabilidade não lhe é exclusiva: a Direcção que a rodeia enferma da mesma incapacidade de olhar o país e tentar arranjar soluções alternativas ao actual estado de coisas.


E a razão deste corte passa pela avidez de poder , sómente.


Falam muito em Sá Carneiro, mas não lhe seguem a máxima: " acima do Partido, Portugal".


Irá acontecer um Conselho Nacional lá para os fins deste mês, segundo foi dito.


Começou assim "a noite das facas longas", com todas as traições, jogos e alianças que as lutas pelo poder implicam.


O primeiro candidato já se mostrou , numa entrevista interessante : Pedro Passos Coelho.


Francamente, é-me completamente indiferente o estado calamitoso do PSD.


Só a situação preocupante do país me obriga a dedicar tempo a estas tristes cenas, até porque Manuela Ferreira Leite não está disposta a ceder o lugar senão a alguém da sua corte. E , pela declaração prestada hoje por Helena Costa - arguida e deputada - fiquei com a impressão de que se continua em plena campanha eleitoral.


O que não augura nada de bom.


Será que Portugal merece mesmo isto?!