" ÉDIPO - REI"

Édipo é um daqueles seres humanos marcados pela tragédia.Com a agravante de que quanto mais a pretende evitar , é quando a desencadeia irremediavelmente.

Ao nascer, profetizam-lhe um futuro terrífico: matará o pai e casará com a mãe.Esta entrega-o a um pastor para que o mate. Simplesmente, ele não o faz e a criança acaba por ser criada pelos reis do país vizinho.Quando cresce, consulta um oráculo e a profecia repete-se em todo o seu horror. Pelo que Édipo parte.

Ao chegar a Tebas, defronta a terrível Esfinge e consegue decifrar o enigma posto por ela a quem entrava na cidade.

No entanto, envolve-se num conflito e acaba por matar um homem.

Como recompensa por ter libertado a cidade da Esfinge, Jocasta(a raínha viúva) desposa-o.

Ao fim de largos anos , Tebas é assolada por um pesado surto de peste e os deuses afirmam ser castigo pelo crime de um homem dentro da cidade.

Édipo decreta castigos severos para o criminoso e começa a buscá-lo incessantemente.
Sem conseguir discernir, contra todas as evidências, que é ele o causador da ira divina.

Quando , finalmente, lhe é declarado abertamente que o seu cruel destino se cumpriu, isto é, matou Laio e casou com Jocasta fura os olhos e começa uma vida miserável , tendo como único apoio uma das filhas-irmãs.

Em 19/3/2010 assisti no Teatro Nacional Dª Maria II, em Lisboa, à encenação desta tragédia do grego Sófocles, protagonizada por Diogo Infante,Lia Gama, Virgílio Castelo.

A interpretação deste trio é muito boa, mas distingo particularmente a de Lia Gama como Jocasta, lamentando que tenha tão pouco tempo em palco.

Também considero muito bem conseguida a encenação, que coloca actores no meio do público e faz rodear a sala com som.

Tive igualmente a agradável surpresa do bom comportamento dum numeroso grupo de jovens de Peso da Régua, acompanhado por professoras.

Festejem o Dia do Teatro da melhor maneira: indo ver uma peça, pois claro!