quarta-feira, agosto 13, 2008

AUTORIDADE(S)

Felizmente, não tenho nenhuma pessoa de família nem amiga integrada nas forças de autoridade portuguesas.

Além de pagarem do seu próprio bolso o arranjo de viaturas danificadas em perseguição de infractores à lei e de não terem condições de trabalho nem de segurança , entre outras coisas, são os agentes postos em causa porque não prendem os criminosos ou porque pecam por excesso de zelo .

Existem dois casos recentíssimos a exigirem reflexão : sequestro no Banco Espírito Santo(BES) e assalto em Loures, onde a intervenção da autoridade policial acabou por causar mortes. Sigamos a ordem cronológica.

No BES , dois criminosos assaltaram a agência e após longas horas de negociação , trouxeram duas vítimas até à porta de saída sob ameaça de arma de fogo apontada à cabeça cerca de vinte minutos.

A Polícia Judiciária acabou por atirar sobre os sequestradores , abatendo um e ferindo gravemente outro.

Há quem levante questões sobre a necessidade de atirar a matar.

Em Loures, uma patrulha da GNR apanha ladrões em flagrante delito, que além de não obedecerem à voz de prisão os tentam atropelar. Na perseguição, há tiros que acabam por vitimar um adolescente de treze anos , filho e sobrinho dos fugitivos.

Há quem questione a necessidade da utilização de armas de fogo nesta circunstância. Nalguns casos, sem sequer mencionar o facto da responsabilidade de um pai levar um filho menor para uma acção ilícita.

Que pensam acerca destes factos, vocês?

27 comentários:

  1. São
    Minha querida, eu começo por lamentar a sociedade que cria as condições para este tipo de violências. Porém, em casos extremos, como os que apontas, a policia não pode demonstrar fraqueza deixando-se matar ou deixando matar os reféns.
    Foi duro haver quem pagasse com a vida nomeadamente uma criança.

    Beijos

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  2. *
    eu não penso nada, srsrsrs,
    mas só de pensar... o que pensam
    os ministros da tutela,
    que a violencia em portugal
    são casos esporádicos ...
    tenho vontade de comprar
    4 ou 5 lança-granadas foguete ...
    ,
    conchinhas de mira telescópica,
    ,
    *

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  3. Pelo que parece, no último caso, um dos homens é foragido da justiça e apresentou identificação falsa, o que nada abona em relação ao que disse perante o juiz que o deixou ir com a medida mais mais branda.
    Uma morte é sempre uma morte, e sempre lamentável, mas tudo está confuso em relação às circunstâncias em que ocorreram os tiros.
    Abraço do Zé

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  4. Salve! São
    Com tanta proclamação de direitos humanos (quando por vezes uns têm mais direitos que outros), com tanta apologia das liberdades individuais do cidadão comum (ideologia exaltada quase à idolatria), em sociedades onde uns (escandalosamente ostentando fortunas inesgotáveis)têm dinheiro para tudo e outros têm apenas obrigações e carências, quando não fome mesmo (sem que lhes sejam assistidos nenhum dos propagandeados direitos humanos). Num país onde se fazem leis por medida (e à conveniência de secretos interessados) e a justiça é vítima das suas próprias armadilhas (porque se desautoriza em contínuos recursos de setenças proclamadas). Numa sociedade que entende que democracia é ausência do exercício de autoridade (pois embirrou em confundir democracia com a sacrossanta liberdade). Que se pode esperar?
    Salutas!

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  5. olha sinceramente, tou quase a ir ao bairro da fonte comprar uma shot gun...
    mas aqui ainda não é o brasil!!!
    nem alguns países de áfrica...
    somos apenas nós, os portugueses...
    mas andamos de pernas para o ar e vemos os filmes do avesso...
    beijinhos

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  6. Olá São,

    Eu acho que nas duas situações que apontas a polícia actua como devia ...

    pode ser que isto sirva de exemplo e que de futuro os malfeitores pensem duas vezes antes de agir ...

    não concordo em nada que a polícia seja enxovalhada, que tenha de pagar do seu bolso as fardamentas e os coletes à prova de bala ... que seja responsável pelos danos causados nas viaturas, quando em perseguição ao serviço da lei ... e há muito mais ...

    beijinhos

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  7. São
    As vítimas são os que menos culpa têm (os polícias e os ladrões).
    Os bons exemplos teriam que vir de cima, mas antes pelo contrário, são os maus, que saltam à vista de toda a gente depois uns roubam para sobreviverem outros roubam para ostentação, essa é a grande diferença.Amiga pedes um empréstimo para comprar uma casa,pagas quatro casas;isto não é um roubo? contratas uma prestação, ao fim de um anoa prestação aumentou mais (X) euros mas, o salário ficou na mesma, isto não é vigarice?
    Admito que nem todos tenham capacidade para aceitar estas coisas de ânimo leve, assim como tambem admito que no meio de tudo isto existam oportunistas, o terreno é propício.
    Desculpa a extensão do comentário
    Abraço amiga.

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  8. Estas actuações policiais podem justificar-se sempre que a vida de terceiros -inocentes- esteja em risco.
    Trata-se duma realidade incontroversa, aqui e em todo o mundo.

    Já a situação absurda em que a polícia existe, é que é mais "daqui"...
    bfs

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  9. São

    Muito interessante essa questão proposta!
    Por aqui também, esse assunto tem levantado questionamentos por várias instituições!
    Há que imagine que se deve receber bandidos armados até os dentes, com flores e um sorriso nos lábios!
    Há o lado radical que prega matar todos os bandidos!
    Fico mais com o este segundo grupo, pois apenas quem já esteve várias vezes, como eu, sob a mira de uma arma assassina, sabe o que é o sentimento de revolta pela humilhação passada!
    A polícia deve defender a sociedade contra os marginais; quem deve ser salva é a sociedade!
    Os bandidos e marginais já fizeram sua opção: matar ou morrer como meio de vida!
    Danem-se eles, pois eu optei por viver e trabalhar uma vida toda, apenas com o giz na mão!

    Abraço

    Luiz

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  10. São é tão difícil saber se aquilo que foi feito está certo ou errado. A autoridade tem que agir e ser ao mesmo tempo prudente na maneira como age. É bem difícil ser agente da autoridade...
    Um beijo e bom fim de semana.

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  11. Por desgracia, necesitamos fuerzas armadas y policíacas. Dignifiquemos su situación y hagamos a sus integrantes los mejores de los ciudadanos. A todos nos iría mejor.

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  12. São - no primeiro caso, a minha posição é simples: alguém atirou e alguém morreu. É triste. E são 2 vidas em causa (porque não acredito que o sniper (e fala-se neste termo como se estivéssemos a falar de algum exterminador implacável, mesmo preparado para isto, não sinta algum tipo de stress).

    No 2º caso: lamentável tudo.

    Beijos

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  13. Sou contra a violência por sistema, e teria gostado que o caso do Bes se tivesse resolvido sem mortes. Porém compreendo que perante bandidos armados, a polícia terá que utilizar os mesmos meios. Como quem vai à guerra, não pode ter pruridos de consciência. Sabe que é matar ou morrer, e o instinto de sobrevivência faz o resto. Quanto á criança, moralmente quem a matou foi o pai. Ninguém pensa que alguém vá efectuar um roubo com uma criança.
    Um abraço e bom fim de semana.

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  14. Se não podemos acreditar nem na própria polícia (que foi criada com o intuito de nos defender), vamos confiar em quem?
    Bom final de semana, querida!
    Bjos

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  15. Não estamos perante uma pena de morte ou duma eutanásia. Estamos frente a uma ação de bandidagem. Quem será o primeiro que gostaria de ter uma arma apontada á cabeça? Infelizmente hoje em dia não podemos ter complacência contra a bandidagem. Quem apanhar um ladrão dentro de sua casa e o abata, vai preso? Deixa-se matar? Pede-lhe desculpa? Acusa as autoridades de abater o ladrão? Infelizmente os nossos legisladores não passaram por situações embaraçosas que lhes levassem a pensar melhor. Ainda há o caso dos juristas que sem terem qualidade nem responsabilidade atenuam as penas a quem deviam ser agravadas. Muito zelosos com os seus poderes e interesses. Outros que da vida nada percebem dão as suas sentenças porque não lhes toca na pele. Mundo cão...Melhor, Mundo cruel. Reparem que até o Senhor presidente da República concedeu um indulto a um perigoso. Quando o pai dele esteve internado, ele foi o culpado do segurança perder o emprego por não se identificar. Que exemplos queremos mais? Matemo-nos uns aos outros e, não haverá ninguém para julgar-nos. Isto revolta-me...

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  16. Querida amiga, sobre a dita autoridade, nem sei o que te diga, é tudo uma verdadeira tristeza...
    Convido-te a passar "na minha casa" para veres umas bonitas fotos de S.Martinho.
    Um grande abraço,

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  17. Oie linda! Estamos falando de Portugal, ou Brasil? As vezes os assuntos são tão iguais que até confundem...
    Bom domingo! Beijos

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  18. Aqui en Argentina se optó por extremar las garantías (garantismo)Los delincuentes gozan de todos los derechos y la policia ha perdido autoridad.La consecuencia fue un enorme desborde delictual que parece no tener límites.
    Es toda una cuestión y muy dificil ejercitar la opción.
    Besos, amiga y buen fin de semana

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  19. Infelizmente, São, a polícia será neeessária, enquanto formos capazes de ferir-nos... :( Bom fim de semana, amiga.

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  20. Encontro-me na Gran Canària, em Las Palmas, uma ilha em Espanha. Deixo-te um beijo apressado, mas amigo.

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  21. São
    Minha querida, passo para te deixar um abraço e desejos duma boa semana.

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  22. A utilização das armas deve acontecer em último recurso, mas as forças policiais têm de ter condições de trabalho que não ponham em causa as suas próprias vidas.
    Com relação ao miúdo que morreu em Santo Antão do Tojal, não passa pela cabeça de ninguém levar tal testemunha num acto destes...!
    Beijos.

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  23. Passei. Deixo um abraço e votos de boa semana

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  24. Episódio lamentável, cara amiga. O povo protesta, e as autoridades competentes em suas caravanas, passam com desdém.
    Continuo fã do seu foco preciso nas injustiças.
    Um beijo!

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  25. As mortes são sempre de lamentar, mas há o direito à defesa- no primeiro caso; e , além de foragido, o pai é irresponsável e o causador da morte do seu próprio filho- no segundo.

    LUIZ

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  26. É tempo de dar mais meios ás forças de segurança e, mais flexivilidade nos vários tipos de acção.Todos sabemos que os gangs começam muito jovens, recrutados por gangs adultos desde sempre protegidos por Leis ingénuas, que os protegem perante a justiça. E as autoridades que os detêm,perdem a razão da sua actuação... se a Lei punisse, quem prevarica de igual para igual, as autoridades teriam vontade de agir doutra forma, pois viam o seu trabalho coroado de éxito...continuando assim como estamos,vimos que o gang detido em Coimbra, duas horas depois já está envolvido em novo assalto, desta vez vilento,um policia fere um ladrão que é internado e tratado como um principe. Enquanto o policia leva um processo de averiguações em cima, é suspenso de funções! Assim sendo haja um Deus que nos ajude... A meu ver as duas intervenções são correctas, precisam-se muitas com esta correcteza, segurança precisa-se é urgente... um abraço Jose Cardoso

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  27. A questão levantada não podia ser mais pertinente, São.

    fala-se de insegurança mas depois critica-se constantemente a actuaçção da polícia por excesso de actuação e as penas em tribunal são muitas vezes irrisórias...

    O sistema não podia ser mais enganador e, no caso da actuação policial, perverso.
    Com o aumento da criminalidade e em situações como deve a polícia comportar-se? esperar que algum refém morra?
    Este levantar de questões só é possível por uma mentalidade anti-polícia atávica em Portugal.
    Mas, pergunto eu, se fossemos nós os reféns, qual de nós atiraria a primeira pedra?
    Porque na verdade não vivemos no melhor dos mundos e os criminosos, esses, não hesitam em atirar.

    peço desculpa pelo comentário longo, mas este é um tema em que não consigo perceber a "opinião pública".

    Não se combate criminalidade deste género com meias medidas e não se pode ficar contente porque não houve reféns mortos mas lastimar a morte do assaltante, esse mesmo que se preparava para, ao fim de oito horas de negociações, matar esse refém se algo corresse mal. Tenham paciência!

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"BENVEGUT AQUÈL QUE NOS VEN MANS DEBÈRTAS"
(Saudação Cátara)

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