CANCIÓN DEL GITANO APALEADO
Veinticuatro bofetadas.
Veinticinco bofetadas;
después, mi madre, a la noche,
me pondrá en papel de plata.
Guardia civil caminera,
dadme unos sorbitos de agua.
Agua con peces y barcos.
Agua, agua, agua, agua.
Ay, mandor de los civiles
que estás arriba en tu sala!
No habrá pañuelos de seda
para limpiarme la cara!
FEDERICO GARCIA LORCA
(5/ 6/1925)
Apreciem uma das mais castiças vozes do flamenco:
António Montoya, " El Chocolate"
Fala-se tanto de outros povos vítimas de preconceitos, e os ciganos são completamente esquecidos. Meus parabéns a este povo lutador.
ResponderEliminarConcordo com Pensador. Quem fala dos milheres de ciganos mortos numa só noite em Auschwitz? Nem sequer os judeus, que acham que só o seu sofrimento conta.
ResponderEliminarLUIZ
Neste momento, estão a ser perseguidos indecentemente em Itália por Berlusconi e aliados governamentais...e a Europa consente!
ResponderEliminarTudo de bom, PENSADOR.
Os judeus momopilizam tudo, até o sofrimento.
ResponderEliminarE com esse pretexto , estão massacrando há décadas os palestinianos, com o apoio incondicional dos EUA!!
Fica bem, LUIZ
Sobre os ciganos comungo do que o Luis atrás já disse.
ResponderEliminarSobre o vídeo, uma delícia, logo eu que gosto por exemplo de Diego el Cigala.
Realmente, Sãozinha, parecemos pertencer à mesma geração. É tanto o que temos em comum!:)
ResponderEliminarAdoro flamengo e na minha aldeia os ciganos sempre foram tratados como iguais.
bji mt gde
Estive em trabalho cívico numa biblioteca duma escola, aqui num bairro de Lisboa.
ResponderEliminarFaço, se me permites, homenagem ao aluno cigano...de nome Nicola... que comentava comigo que queria ser engº mecânico...que não conseguia "roubar"...que já tinha tentado...mas nunca conseguiu...que respeitava acima de tudo,os mais velhos da sua etnia...que tinha de proteger as raparigas da sua família...enfim, era um menino com quem falava... e me deliciava, aprendendo, ouvindo-o...tinha tantos sonhos e só espero que ele já tenha começado a realizá-los.
Em dada altura da minha infância apareceram à porta da nossa casa, a venderem uns cortes de fato de homem..."muito lindos e baratos e de boa qualidade".
A minha mãe atendendo ao preço/qualidade, comprou dois cortes de fato, para mandar confeccionar dois fatos para o meu pai.
Quando meu pai chegou...apercebeu-se da compra e disse que o tecido não era de qualidade que se justificasse a sua feitura em fatos de homem...não valeria a pena. A minha mãe muito triste, acabou por contar o preço do custo e o que tinha pensado...
Então, meu pai disse-lhe: querias enganar os ciganos...mas acabaste tu por ser enganada e foi bem feito. Nunca uma mercadoria dessas, que tu estavas a pensar que era, dessa qualidade, poderia custar assim tão barato.
O meu pai, conheceu-os e quando os encontrou...pagou-lhes uma cerveja e pediu-lhes desculpa pela minha mãe os ter tentado enganar.
Era assim o meu pai...foi com ele que eu aprendi a respeitar todo o ser humano. Obrigada pai, por tudo o que me ensinou, que todos somos irmãos.
Desculpa ter-me "esticado" neste comentário.
Forte abraço
Mer
Desde que aparecieron por la Península en el siglo XV su historia está llena de discriminación y automarginación. Es difícil conservar las tradiciones sin que la gente los rechace o que los mire sólo desde el tópico.
ResponderEliminarMi admiración por esta etnia.
Saludos.
e os meus amigos ciganos... tantos, sinceros e amigos do coração!
ResponderEliminaros seus falejares e as suas danças e cantares, "aflamengado/tablado"
gosto, xará!
e são por vezes muito mal tratados...
beijinhos
... gracias por nos trazeres (e lembrares a efeméride) aqui Lorca e este belo poema de luta.
ResponderEliminarAbraço.
Um poema de Lorca muito bem escolhido. Obrigada por lembrares o Dia da Etnia cigana.
ResponderEliminarUm beijo, São.
Olá São!
ResponderEliminarFelizmente que cada vez mais os ciganos se vão integrando na sociedade. Sendo uma minoria sem peso, acho mesmo que não terão outra alternativa senão a gradual integração, como forma de evitar a discriminação.E também
acho que não é um problema simples, que se possa abordar duma forma simplista: Acho mesmo que é complexo, e só a conjugação de vontades, deles próprios e da comunidade one se inserem poderá levar a uma satisfactória resoluçã do mesmo - que já tem séculos.
Acho que vem muito a propósito lembar que é o dia deles; do que não se fala, tende a ser esquecido.
Um abraço.
Vitor
Caro Salvo, o extermínio silenciado dos ciganos ( e não só) pelos nazis é uma vergonha alimentada pelos próprios sionistas, que como se proclamam "o povo eleito de Deus" jamais se importaram ou importarão com o sofrimento alheio!!
ResponderEliminarE de Estrella Morente , não gosta? Eu apreciei imenso Vê-la no CCB.
Um abraço
NININHA, minha linda menina, sabe porque razão é que me mantenho de cabeça fresquinha? Porque , além da própria personalidade, fui orientadora de estágios, supervisora técnico-pedagógica, formadora. O que implicou ter que trabalhar sempre com pesoas muito mais jovens do que eu: foi um desafio e tanto, rrss
ResponderEliminarMuitos "bejinhos", querida.
Querida MER, temos em comum o facto de nos orgulharmos do Pai e fico muito feliz por isso!
ResponderEliminarEspero, de coração, que todos os Nicolas consigam quebrar o círculo fechado da sua comunidade e assim realizar os seus sonhos e enriquecer-nos a todos, ciganos e payos.
O espaço é livre, podes escrever quanto te for necessário, rrss
Um abraço fraterno.
Querido PEDRO, assim é. Mas acho que , aí em Espanha , as coisas já foram piores para eles ou não?
ResponderEliminarAlém disso, vejo-os mais integrados do que em Portugal.
Um grande abarço.
Querida xará, há por vezes tanta incompreensão de parte a parte...
ResponderEliminarNo entanto, parece-me que poderíamos, nós, fazer mais pela sua integração.
Uma das mais dolorosas recordações da minha adolescência prende-se com a visão das débeis tendas deles cerca da estação de caminhos de ferro de Pinhal Novo em pleno Inverno.
Um graaande abraço,GAIVOTINHA.
Caro Alberto, esta estória dos Dias não resolve nada, mas , pelo menos, lembra o tema...
ResponderEliminarUm abraço.
GRAÇA, lamentável é que ainda tenha que haver Dia de Ciganos, não é?
ResponderEliminarUm abraço grande.
Caro VÍTOR, de facto, o problema é complexo e a sua solução tem que partir de ambas as partes...mas, acho, que com um esforço um pouco maior da nossa parte.
ResponderEliminarUm abraço .
Muito lindo o poema de Lorca (outra coisa não seria de esperar...)
ResponderEliminarFui ver o vídeo que me fez lembrar um passeio de duas semanas que dei em Espanha há muitos anos, ainda eu era solteira.
Em Granada fomos assistir a um espectáculo no Sacromonte, de que ainda me recordo perfeitamente. Isto diz bem do quanto gostei...
Obrigada, nena, por me trazeres tão boas recordações.
Aquele abraço gostoso.
Fico contente por teres essa felizes memórias.
ResponderEliminarCada vez que vou a Espanha, tento assistir a um espectáculo de flamenco. Já apanhei dois "barretes" monumentais, mas tenho visto coisas óptimas!
Beijinhos, querida.
Maravilha! O poema é brilhante e o vídeo , maravilhoso. Este canto- lamento que chamamos Jerez é uma extraordinária forma de expressão deste povo oprimido mas sem perder a sua honrada e digna altivez. Mas desconhecia o poema e o " dia da etnia cigana". E fiquei feliz em saber através do seu blog. Meu tio ( já falecido) cantava lindamente em romani nas festas dos amigos ciganos. Era aceito como um cigano, embora não fosse. E aqui na cidade tivemos a primeira mulher cigana a se formar em Direito , Mirian Stanescon Batuli, tida como a rainha dos ciganos ( não entendo bem a extensão deste título..Creio que deva ser da clã). Mas é assim considerada no Brasil.
ResponderEliminarCarinhoso beijo, São! Amei!!! Beijo estalado!
Olá São:
ResponderEliminarCantam,tocam e dançam com grande sentimento.
São gente boa e já tive o privilégio de conviver com eles e adorei.
Beijinho doce
Sem remar contra a maré, todos gostamos muito dos ciganos. Mas longe de nós...
ResponderEliminarDe resto, tudo bem, incluindo o poema.
Admiro-os como povo, pelo seu espírito de nação, de união, do um por todos e todos por um.
Mas não gosto deles quando andam nas drogas e noutros actos ilícitos. Tal como de todos os outros povos, raças ou etnias que prevaricam, incluindo os brancos de Portugal.
Querida amiga, um beijo cigano.
SAM, querida, que interessante testemunho com que enriqueceu o tema!
ResponderEliminarDesconhecia que aí chamam Jerez( é o nome de uma região espanhola) ao flamenco, que é -de facto- um lamento cantado.
Também desconheço em pleno o sgnificado do título.
Um abraço muito doce.
MEU DOCE AMOR, conviver de perto nunca o fiz, mas fui colega de escola de duas garotas ciganas, tendo uma delas falecido na altura. Lembro-me de serem crianças perfeitamente iguais a todas as crianças.
ResponderEliminarUm abraço.
Amigo NILSON, não posso estar mais de acordo contigo em todos os aspectos.
ResponderEliminarO racismo não é unilateral, como tive ocasião de dizer ao pai do jovem cigano que aparecia num programa de televisão.
Um abraço, Poeta.
*
ResponderEliminarChamava-se carmencita
A cigana mais bonita
Do que um sonho, uma visão
Diziam que era a cigana,
Mais linda da caravana,
Mas não tinha coração
Carmencita, carmencita
Se não fosses tão bonita,
Serias sempre cigana .
,
in-amália,
,
viva a raça calé,
num abraço aos meus
amigos, Flora e Tóré,
,
penso que o Dia do Cigano,
deve ser, apenas, com os
Politicos, é cá uma ciganada ...
desculpa Tóré !
,
conchinhas,
,
*
e viva os ciganos
ResponderEliminaraqui no brasil o povo corre de medo deles
hahahaha
mas acho que no mundo todo deve ser bem por ai...
beijão
Meu caro Poeta, pois ...é só mais um Dia, não é?
ResponderEliminarAmigos ciganos não tenho, mas não partilho do prceonceito de que são todos uns passadores de drogas.
Há bons e maus como em todas as etnias.
Um abraço, também por me lembrares Carmencita.
E não te lembras do Contrabandista do Alberto Ribeiro?
Sim, infelizmente assim é: até eu já passei por cigana e fui olhada com desconfiança, em Praga quando lá estive com Mandrag, viu?
ResponderEliminarUm abraço, SERGINHO.