quinta-feira, fevereiro 10, 2011

REQUIEM PARA AUGUSTA

Augusta, estou aterrada !!

Passaste oito anos, morta, no chão da tua cozinha, tendo por única companhia o teu cão, morto.

Que mundo abjecto é este em que o Estado  por uma dívida de um pouco menos de mil e quinhentos euros te vende a casa , mas se  recusa a abrir a porta dessa mesma casa para saber se estás viva ou morta?!

Que Humanidade é esta que ,de um prédio de cinco andares e dez apartamentos, só uma vizinha, Aida, se preocupa em saber porque motivo desapareceste repentinamente?!

AINDA SOMOS PESSOAS?!

44 comentários:

  1. Ai amiga São... Tão triste! E acontece com muita frequência, infelizmente. Principalmente nas grandes cidades e com idosos. Continuo na cidade que nasci pelo conforto solidário e afetuoso de saber que somos com o passar dos anos e gerações uma grande família. A fidelidade e amor dos animais não é tão fácil de encontrar em " pessoas".

    Carinhoso beijo amiga.

    ResponderEliminar
  2. Fiquei de alma gelada ao ouvir a notícia na televisão.

    Era , de facto, uma senhora idosa vivendo sózinha...mas não isolada, como algumas pessoas vivem em aldeias ou montes - quase em desterro.

    Como é possível tanto desapego, amiga?

    Montes de abraços e beijos.

    ResponderEliminar
  3. O cão morre com o amigo. Ao contrário da besta que se diz humana.

    ResponderEliminar
  4. Minha querida Amiga-Irmã

    É o horror! O horror que construímos para nele vivermos.
    E foi desse horror que eu fugi. Não que me tenha refugiado dele, mas fugi na tentativa.

    Um grande e fraterno abraço. Beijos.

    ResponderEliminar
  5. A notícia assustou-me e mais uma vez veio mostrar quanto somos ou estamos despromovidos dos mais elementares sentimentos de humanidade.

    Pode-se morrer que ninguém perguntará porquê nem quando....

    Pode-se sobreviver desempregado e ninguém pergunta se passam mal, se os filhos tem fome.

    Criou-se um sentimento de que o mal do meu vizinho é lá com ele....e esquecemo-nos que a situação também nos vai atingir a todos.

    Estas políticas tem um fim e os resultados estão à vista de todos.
    Temos um Estado que não cumpre com as suas obrigações mas que se intromete na vida familiar e pessoal de todos nós.

    Não respeita a sociedade nem os contribuintes e premeia ainda todos quantos praticam a delinquência...

    ResponderEliminar
  6. Revejo-me em todas as suas palavras, minha querida Sãozinha.
    Receio tanto criar o meu filho neste mundo de cães!
    bji mt gde

    ResponderEliminar
  7. Disse mundo de cães, mas quem dera a muitos ser como eles.
    bji, doce mamã

    ResponderEliminar
  8. As notícias são sempre sensacionalistas para "prender o freguês". Veja-se o caso infame do "minino" que matou o jornalista cor-de-rosa. Se não fossem as manifestações da Tunísia e do Egipto, continuaríamos a ter, a todas as horas, as mais 'obscenas' notícias de um assassinato.
    Com velas e manifestações asininas, digo de solidariedade (com um assassino?)
    Não foi condenado, mas tudo leva a acreditar que ele confessou o crime.
    Esta idosa, não sou muito dado a religiões, mas digo meu Deus, será que não tinha um(a) amigo(a), já que familiares, se não tinha dinheiro, desapareceram.
    Costumo dizer que a pior solidão é de quem vive só. (Também há solidão em casais e não só).
    Mas morrer no meio de gente?
    Que mundo cruel.
    Mas os crimes de sangue são o sustento dos vampiros noticiosos, (onde eu, infelizmente, me incluo...
    Há factos que só o embrutecimento da sociedade consegue explicar.
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar
  9. Queria amiga
    Este post me fez recordar dois poetas:
    Augusto dos Anjos: Diz ele:
    A mão que afaga é a mesma que apedreja e a boca que beija é a mesma que escarra....
    Gabriela Mistral: Diz ela:
    Caem as folhas com gestos de quem renuncia
    Caem do céu
    Da amplidão vazia
    Caimos todos nos
    Mas, a terna mão de alguem
    Colhe afinal, todas as coisas que caindo vão.

    Ninguem recolheu a AUGUSTA; mas ela foi recolhida com ternura.
    Beijos minha linda. LÊ

    ResponderEliminar
  10. rosamarela sente-se suja

    ResponderEliminar
  11. Solidão e desinteresse geral... que mais podemos esperar? É trisdte, muito triste, é urgente humanizar este mundo, onde até a propria policia se encolhe perante a denuncia preocupada da vizinha.

    Beijinho

    ResponderEliminar
  12. Talvez sejamos pessoas, mas pouco

    LUIZ

    ResponderEliminar
  13. Que mais posso dizer se já disse a verdade, BLOGAPARTE?

    ResponderEliminar
  14. Infelizmente, o horror é geral, acho.

    Beijinhos saudosos, Amigo .

    ResponderEliminar
  15. Caro LUÍS COELHO, concordo consigo.

    O Estado só se lembra de nós para nos extorquir até ao tutano tudo quanto for possível. Entretanto, os Bancos pagaram menos IRC em 2010 embora tivessem aumentado os lucros.

    A Família, enquanto conceito, está desfeita e cada elemento acha que só tem o dever de cuidar de si.


    A EScola , sobrecarregada com tarefas próprias e alheias, com uma classe docente afogada em papéis e deautorizada não responde convenientemente .

    A Igreja católica está na dúbia situação do ditado "Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, mas não o que ele faz"

    E assim se desmoronando a sociedade

    Tudo de bom.

    ResponderEliminar
  16. NININHA , minha querida, efectivamente os cães , geralmente, são bem mais fiéis e generosos do que certos (infelizmente, muitissimos) seres humanos.

    E compreendo perfeitamente esse seu receio relativamente ao Diogo.

    Um abraço bem apertado , minha flor.

    ResponderEliminar
  17. Caro JOSÉ TORRES, sim só o embrutecimento e o egocentrismo permitem dar uma explicação a tamanha indiferença relativamente a quem vive ao nosso lado.

    Tudo ( ou quase)neste momento na nossa sociedade é permitido e a responsabilidade é algo que enm existe.Vergonha , então, nem pensar!

    Por essa razão e outras se acendem velas por quem assassina e também se chora por quem fazia de chafurdar na vida alheia a sua profissão.

    E assim caminhamos alegremente para o fim!!

    Fique bem.

    ResponderEliminar
  18. Qué cierto es, querida amiga. Un fuerte abrazo.

    ResponderEliminar
  19. Sem ter comparação, por ainda me poder de alguma maneira defender das carências materiais, me fizeste lembrar de uma situação desesperante de desemprego de há uns três anos atrás, em que uma assistente social jovem de uma Junta de Freguesia que não era a minha, ante as minhas dúvidas e desespero me dizia:
    o Estado tem obrigação de olhar pelos seus cidadãos, por isso você vai marcar encontro com a assistente social "tal" da sua junta de freguesia que ela vai dar-lhe alternativas para segurar a situação enquanto o "resto" não se resolve.
    assim fiz
    fui atendida por alguém que parecia algo mais velha que eu, em que as perguntas foram: quais as minhas alternativas para dar a volta por cima
    onde cada alternativa minha era como "chumbo" num exame
    onde cada olhar era um deboche, desde os cabelos aos sapatos:

    meus cabelos são grisalhos
    meu rosto, não pinto
    minhas unhas apenas cortadas e peles empurradas para trás, sem pintura
    minha roupa e sapatos de alguém que trabalha desde os 19 anos até àquele momento
    saí de lá, humilhada e com um chuto no rabo...
    percebi que tinha de ter pele mais que morena
    ter ar de cigano (sem intenção de menosprezar da minha parte)
    cabelos desgrenhados
    roupa rota e desalinhada
    pés sem sapatos
    para poder ter uma miserável ajuda temporária de 190 € mensais, até conseguir a aprovação de trabalho por conta própria, já que não estava em idade de o conseguir de outra maneira e a reforma estava "longe"...
    neste país, só OS RICOS e LADRÔES têm direito a ser "ajudados", todos os outros que são talvez 90%, o único direito que lhe assiste é morrer esquecidos e abandonados.

    quantas Augustas, não há por aí, e ninguém sabe, São!
    gosto de ler-te, sabias? gosto desse teu ser PESSOA com as aflições dos outros.

    beijos, amiga linda.

    ResponderEliminar
  20. Querida São, estou abismada, tal como a minha amiga! Como pode tal acontecer, nos dias de hoje?
    Nem quero crer...
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  21. Verdade que custa a digerir, mas a verdade, sim!

    Não, não há humanidade.

    Bjs.

    ResponderEliminar
  22. E a confusão que me faz de só abrirem aquela porta por causa da dívida de 1.475€ às Finanças. Não se ralaram em saber o porquê da reforma não ser levantada e venderam uma casa sem uma única inspecção.
    Agora vêm com a conversa de que está tudo legal, por já ter passado o prazo de comunicar o óbito.
    Bolas... que, daqui a nada, antes de morrer... temos de avisar o Fisco ou então... cheirar mal para a GNR fazer alguma coisa.

    Bjos

    ResponderEliminar
  23. é minha querida
    este é o mundo que vivemos

    que horror!

    beijos meu bem

    ResponderEliminar
  24. Ai, PEDRO, que tempos tristes estes...

    Fuerte abrazo, querido amigo mio.

    ResponderEliminar
  25. Querida LÊ, minha amiga, vivemos num tempo em que as pessoas cada vez mais se deslaçam de compromissos e afectos.

    Não sei onde esta situação nos leva, mas de certeza que não é a bom lugar.

    Um abraço apertado, meu anjo.

    ResponderEliminar
  26. Caro ANTÓNIO, a polícia encolhe-se porque a lei não se preocupa com as pessoas mas sim com números, nada mais. E , de preferência, os que dão lucro ao Estado.

    Veja que ninguém levantou questões quanto a não levantar a reforma, mas o castigo abateu-se porque não pagava impostos e a casa foi vendida sem sequer se ter a preocupação de lhe fazer uma visita.

    Tempos de escuridão os nossos, meu amigo,

    Serena noite lhe desejo.

    ResponderEliminar
  27. Aí está a explicação de quem sabe e que arruma a questão.
    Acabo de ouvir na Rádio que era ao tribunal que cabia ordenar a abertura da porta.
    Portanto, mãos lavas com aquele detergente que elimina contágio da gripe.

    Infeliz povo, que vive neste País não menos infeliz.
    abraço

    ResponderEliminar
  28. Mas se hove um primo que se dirigiu mais de uma dúzia de vezes ao Tribunal ou polícia de Sintra, porqur não foi ordenada a diligência?

    Este país não é para velhos nem para novos nem para ninguém: só para contribuintes, pois agora até os recém nascidos têm que ter número de contribuinte!!

    Uma vergonha!

    Mas continuamos impavidamente a ter intenção de substituir PS por PSD, quer dizer, se não estamos bem, pior ficaremos!

    Bom fim de semana, meu amigo.

    ResponderEliminar
  29. A prova que a solidão existe...e infelizmente neste país "evoluido" muitas coisas falham...procurar alguem que desaaparece para quê? Interessa é saber se ela tem bens para penhorar...neste caso em que tantos falharam não falhemos nós...denunciemos todo o tipo de negligência onde se inclui a mais grave...a familiar.

    Estou por aqui e na tua companhia não me sinto só...

    Beijinho*

    ResponderEliminar
  30. Sempre essa mesma burocracia e falta de humanismo da justiça ! Mais facilmente solta-se um criminoso do que ir ver se uma idosa precisa de alguma coisa.
    Mas também é o eterno receio dos idosos em entregar uma chave a alguém conhecido.
    O meu marido tem uma tia idosa, sem filhos, que vai visitar todas as semanas,
    ele tem a chave de casa,
    a irmã do meu marido tem uma chave de casa,
    a porteira tem a chave de casa,
    uma vizinha tem a chave de casa,
    o pessoal da Santa Casa de Misericórdia tem 1 chave de casa.
    Porque não deixou 1 chave ao tal primo que ia visitá-la 3 vezes por semana ? É falta de precaução ou desconfiança ?
    A D. Augusta já está em paz agora mas muitas pessoas devem ficar com a consciência pouco tranquila... Será que ficarão mesmo ?
    Tristeza...
    beijinhos
    Verdinha

    ResponderEliminar
  31. minha querida... sinceramente... é mais uma mostra daquilo que temos! não entendo como pode ser possível, e havendo participação da vizinha, ninguém mais se apercebe que chegue para dar um alerta mais eficaz!?!?!?!?
    quantos mais casos não existiram em meios de absoluta solilão??? quando este foi aqui, às portas de lisboa, num prédio cheio de gente!!!
    ai, minha irmã, o que mais ainda vamos aprender!
    beijinhos

    ResponderEliminar
  32. São, ontem estive aqui e li teu post. Não comentei por não saber do que se tratava. Acredita que ainda pensei que este "oito anos morta" fosse uma metáfora. Na mesma noite vi nas notícias da SIC Internacional o caso mais que absurdo!

    Não querendo ser indelicada com ninguém, nem jogar culpas, nem desfazer das testemunhas, há uma coisa que não muda em país ou circunstância alguma. É o cheiro de um corpo em decomposição. E no caso, há o do animal também. A menos que estivessem em câmaras frigoríficas, até vermes saíriam pela porta. Se a idosa vivesse numa aldeia remota, no interior do país, cercada de pasto e animais eu, ainda assim, acharia que um dia o carteiro iria passar por lá levado pelo cheiro. Mas pelo visto e, torno a dizer, pelo pouco que vi na matéria do telejornal, ela morava em um centro urbano, com mais gente à volta, que entrava e saía do prédio, no Inverno e nos Verões que se seguiram durante estes oito anos.

    Eu já nem falo da falta de interesse das pessoas, que é uma tristeza só, mas sim do que é básico e real e o qual não se pode fazer de conta que não se sente.

    Como pode, São?

    ResponderEliminar
  33. Pois essa tua perplexidade também a partilho...e não consigo encontrar resposta. Aliás, o mesmo acontecera quando há tempo foi encontrado um senhor morto num apartamento em França dois anos após ter morrido.

    Neste caso, o cão não ladrou? Acho estranho.

    Talvez não se desse conta porque as periferias citadinas funcionam com pouco mais que dormitórios, será essa a razão?

    Tudo isto me enche de uma tristeza indignada.

    Cada vez mais a sociedade onde vivemos está a perder humanidade, solidariedade e compaixão.

    Não existem seres humanos, mas sim meros números. Só falta tatuarem-nos como os nazis fizeram nos campos de concentração.

    Que seja bom o teu final de semana, linda.

    ResponderEliminar
  34. Irmãzinha querida, creio firmemente que a estamos beirando o fim e que a mudança surgirá , imparável...porque esta situação está se tornando insustentável!

    Um excelente fim de semana, xará.

    ResponderEliminar
  35. VERDINHA, será que essas pessoas têm consciência? Duvido.

    POis é, as pessoas mais velhas têm sempre algum receio. Mas, ainda assim, o pior é o legalismo que tudo emperra.

    Espantoso: o único sistema que lhe não perdeu o rasto e teve poder para actuar, foi o Fisco!!

    Este absurdo mostra a que ponto de desumanização chegou a sociedade ocidental!

    Bisous, ma chérie.

    ResponderEliminar
  36. Disseste exactamente aquilo que eu penso.

    Lamentável que o ser humano deixe de interessar e que só os seus bens importem.

    Fico contente em que me venhas visitar, pois assim também fico menos só.

    Bem hajas, MARIA.

    ResponderEliminar
  37. Meus ENCANTOS, foi pena teres que viver essa experiência , agravada pela desagradável entrevista com uma técnica de serviço social que, segundo o teu relato, não me parece ter estado à altura da situação.

    A solidão aflige muita gente, Eu mesma vivo sózinha desde os 33 anos, mas - sinceramente - prefiro estar só de que mal acompanhada ou, pior, viver em total solidão junto de alguém.

    E agora vou contar-te o que se passou comigo enquanto casada.

    Certa tarde, comecei a sentir uma dor enorme nas costas. Com o avançar das horas , deixei de ter posição e dormir nem hipótes, claro.

    Para não incomodar o senhor com quem estava casada e pai do meu filho, fui deitar-me no chão da sala de estar.

    POis se fosse caso de morte, só daria por isso não sei muito bem quando, já que não se deu sequer ao incómodo de saber como eu estava.

    E não foi esta a única demonstração de indiferença total quanto ao meu sofrimento.

    O meu grato abraço pela tua gentileza. Sabes, quando se tem 61 anos e uma vida com vivências dramáticas, compreendemos melhor o sofrimento das outras pessoas.

    Bem hajas!!

    ResponderEliminar
  38. MInha querida, pode acontecer porque os laços de convivência e de afecto são cada vez mais fracos.

    Não se tem tempo para nada, nem para viver sequer.

    Receio o aumento de casos assim, sabe?

    Um abraço, MANUELA.

    ResponderEliminar
  39. Olá, NÁ!

    Uma verdade que magoa como chicotadas , minha amiga. Onde chegámos nós?

    Um bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  40. E vivemos, SERGINHO, vivemos mesmo?

    Um beijo, meu querido.

    ResponderEliminar
  41. Parece que o único sistema a funcionar bem neste desgraçado país que é POrtugal é o Fisco!!

    Cheirar mal? Mas decerto que dois corpos em decomposição não deitaram cheiro de rosas naquela escada!

    Como é possível uma situação assim?!

    Um bom fim de semana, ISA.

    ResponderEliminar
  42. Ainda não percebi o escarcéu. Então agora uma pessoa tem de morrer acompanhada, nem em paz se pode morrer. Bem que eu gostaria ficar em casa, com as minhas coisas, com a net ligada e tudo, como os faraós, em vez de a vala comum.

    A piada está nas Finanças, que de uma dívida de 1000, lucraram 30 mil. Assim a execução orçamental orgulhará ministros e mercados. O contribuinte é o valor supremo da nação, nem Salazar, quando era ministro das finanças, tanto fez.

    ResponderEliminar
  43. No sentido que dizes, eu também quero morrer de repente...e pronto!

    Quanto ao Fisco, pois haja finalmnete um sistema que funcione, mesmo sem sequer se preocupar com o motivo que leva os cotribuintes a não cumprirem as suas obrigações.

    Uma feliz semana.

    ResponderEliminar

"BENVEGUT AQUÈL QUE NOS VEN MANS DEBÈRTAS"
(Saudação Cátara)